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Agricultores confirmam recorde de produção de algodão na Bahia
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22 de setembro 2017
Por CNA

Por: Globo Rural

Com o fim da colheita de algodão, na última quarta-feira (20/9), quando iniciou o vazio sanitário, os agricultores mantiveram o crescimento na produção de algodão na Bahia. Com uma área plantada de 201,6 mil hectares, foram colhidas cerca de 393,7 mil toneladas de algodão em pluma e 937,5 mil toneladas de algodão em caroço na safra 2016/2017.

Apesar da redução de área de 33,3 mil hectares, em relação ao plantio passado, houve um aumento de 149,5 mil toneladas de algodão em pluma e 356,1 mil toneladas de algodão em caroço. Dessa forma, foi registrada uma elevada produtividade que atingiu a média de 310 arrobas por hectare, superior às 165 arrobas/hectare da safra 2015/2016, prejudicada por fatores climáticos.

Já para a safra 2017/2018, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) prevê que a área plantada de algodão seja elevada em 35% e possa chegar a 273 mil hectares. O oeste baiano continua como um dos principais pólos agrícolas de algodão do Brasil e representa 93% de toda a produção de pluma da Bahia, sendo o segundo maior produtor brasileiro de algodão.

Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, o aumento da produtividade aliado à expansão da área plantada previstos na próxima safra são uma boa notícia diante do índice de chuvas abaixo da média histórica que vinham se repetindo nas últimas safras. “Felizmente o clima voltou à normalidade e estamos obtendo recorde de produtividade. Nos momentos de dificuldades, os produtores melhoraram os seus processos de produção, avançaram na tecnologia e equipamentos, buscando maior eficiência. Hoje, na região, temos talhões de lavouras produzindo até 500 arrobas por hectare, o que era inimaginável no Brasil até pouco tempo atrás”, conta.

Além do clima favorável, Júlio Cézar também dá crédito às ações do Programa Fitossanitário realizado pelos produtores baianos e pela equipe técnica da Abapa para o controle e prevenção do bicudo do algodoeiro. Segundo os resultados do Programa Fitossanitário, houve uma redução de aplicações de inseticidas em todo o ciclo do algodão nesta safra e a maioria dos produtores teve dano zero com o bicudo, propiciando o incremento na renda.

“Estamos utilizando toda a tecnologia necessária para produzir mais e com maior qualidade da fibra. Para a próxima safra, com a chegada da La Niña e a normalização do clima, vamos retomar a nossa área plantada, acreditando que nos próximos três ou quatro anos, chegaremos à nossa capacidade instalada de 400 mil hectares, buscando de volta os agricultores para o plantio de algodão, gerando a riqueza e desenvolvimento da região”, afirma Busato.

Fonte: Revista Globo Rural