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Paraná

Agrinho mobiliza município sobre cuidados com o Sol
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4 de junho 2019

A exposição excessiva ao Sol e em horários não recomendados, apesar de nocivo, é um comportamento comum. Nas atividades agrícolas, muitas vezes é inviável para o agricultor não trabalhar nesses momentos. Por isso que a proteção se torna tão importante. Ainda que no dia a dia não estejamos expostos no mesmo nível, o uso do protetor solar continua sendo obrigatório.

Foi pensando nisso que as professoras Sandra Lúcia Foletto Kalschne e Terezinha Fiorese Wais, de Serranópolis do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, desenvolveram o projeto “Sol + Verão + Proteção = Trabalho Escolar em Ação”, durante o Programa Agrinho, realizado em 2012. O trabalho foi motivado pela preocupação com a saúde, principalmente pelo município ter na agricultura sua base cultural e econômica. “Toda a comunidade se envolveu e isso veio para concretizar o trabalho com as crianças em sala de aula”, conta a professora Sandra, cuja iniciativa também recebeu apoio das secretarias municipais de Educação, Saúde e Agricultura.

O projeto, realizado com os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Serranópolis do Iguaçu, ficou classificado em primeiro lugar na categoria “Experiência Pedagógica” do Agrinho. Além das atividades em sala de aula, palestras e visitas a propriedades rurais, as professoras também levavam as crianças aos eventos do município para propagar a importância do que estavam aprendendo.

Uma das principais preocupações do projeto, além de alertar sobre o uso do protetor solar e outros cuidados necessários, estava nas doenças causadas pelo excesso de exposição aos raios solares. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, Serranópolis do Iguaçu possui altos índices de incidência de câncer de pele. O trabalho de divulgação feito pelas crianças ajudou a conscientizar a população de tal maneira que a frequência de consultas nos postos de saúde aumentou, sinal de que as pessoas estavam em busca de mais informações.

O projeto também ganhou marca própria, devido à mobilização que causou na comunidade. Uma empresa privada reconheceu o trabalho das professoras e patrocinou a confecção de bonés apropriados para a proteção de trabalhadores expostos diariamente ao Sol.

“Foi bem emocionante. O projeto era bom, mas a gente não esperava ir tão longe”, conta a professora Terezinha. “Foi uma coroação. Eu sempre falo que o trabalho foi finalizado em 2012, mas a conscientização é para sempre. Fica o legado”, complementa a colega Sandra.

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