AgriZone e Blue Zone concentram ações do Sistema CNA/Senar
Veja os termos mais usados por negociadores e participantes das COPs
Brasília (07/11/2025) - O público que estará na COP 30, de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), terá a oportunidade de participar das ações e de uma extensa programação no Pavilhão AgroBrasil, do Sistema CNA/Senar, localizado na AgriZone.
O Sistema CNA/Senar também terá um estande na Blue Zone para mostrar a produção sustentável da agropecuária brasileira. (Veja a programação completa da AgriZone e da Blue Zone).
Mas afinal, o que são os espaços da AgriZone e da Blue Zone na COP, em Belém? O que significa COP, UNFCCC e tantos outros termos usados pelos negociadores e participantes da Conferência?
Abaixo, alguns dos termos que estarão presentes na COP 30.
AgriZone: onde vai funcionar o Pavilhão AgroBrasil, localizado em amplo espaço da Embrapa Amazônia Oriental. A programação no Pavilhão prevê dias temáticos. O espaço do Sistema CNA/Senar na AgriZone vai ter uma praça central, um auditório, praça de alimentação e em todos os locais haverá uma infraestrutura digital projetada para atender o público da COP com conteúdo e informações sobre o agro sustentável do Brasil e com as ações do Sistema CNA/Senar para os produtores rurais.
Blue Zone: espaço onde ocorrem as negociações oficiais, a Cúpula de Líderes e os pavilhões nacionais. Fica no Parque da Cidade e reunirá plenárias, encontros multilaterais, escritórios de delegações e pavilhões de países e organizações, onde são definidos os rumos das políticas climáticas globais. O Sistema CNA/Senar terá um estande com dias temáticos na Blue Zone..
COP (Conference of the Parties): É a “Conferência das Partes”, ou seja, o encontro anual dos países que assinaram a Convenção da ONU sobre o Clima. Cada país é uma “Parte”;
UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change): Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. É o “guarda-chuva” sob o qual acontecem as COPs;
ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável): Conjunto de 17 metas globais da ONU;
Acordo de Paris: Acordo assinado na COP 21, em 2015, que define metas para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Protocolo de Kyoto: Primeiro acordo climático com metas obrigatórias de redução de emissões para países desenvolvidos (1997).
NDCs (Nationally Determined Contributions): São as metas nacionais de cada país para reduzir emissões de gases de efeito estufa. É como o “boletim de notas” do clima.
GEE (Gases de Efeito Estufa): Gases como CO₂, metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O) que prendem o calor na atmosfera e aquecem o planeta.
Mitigação: Ações para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
Adaptação: Estratégias para reduzir o risco associado aos eventos extremos, secas, enchentes.
Neutralidade climática (ou Net Zero): Quando um país, empresa ou setor compensa todas as suas emissões e zera o impacto líquido de carbono equivalente.
Carbono neutro: Segue o conceito de neutralidade climática, em que tudo o que é emitido é compensado.
Créditos de carbono: São certificados que representam a redução ou remoção de 1 tonelada de CO₂. Podem ser comprados e vendidos no mercado de carbono.
Mercado de carbono: Sistema em que empresas ou países podem negociar créditos de carbono. Quem emite menos pode vender para quem emite mais.
Financiamento climático: Recursos (públicos ou privados) destinados a apoiar ações de mitigação, adaptação e perdas e danos especialmente em países em desenvolvimento.
Perdas e danos (Loss and Damage): Mecanismo para compensar países mais vulneráveis pelos impactos irreversíveis das mudanças climáticas.
PEID (Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento): Pequenos países-ilhas que estão entre os mais afetados pela elevação do nível do mar.
COP Presidência: O país que sedia a COP é responsável por conduzir as negociações do evento, com proposição de agendas e facilitação de acordos.
Balanço Global (Global Stocktake): Avaliação periódica do progresso coletivo dos países em relação às metas do Acordo de Paris.
Artigo 6 do Acordo de Paris: Parte do acordo que trata sobre os mecanismos de mercado de carbono entre países.
IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas): Braço científico do Acordo de Paris, responsável por revisar a literatura científica disponível e divulgar relatórios sobre o estado do clima no planeta.
Justiça climática: Ideia de que as responsabilidades e impactos das mudanças climáticas devem ser distribuídos de forma justa, ao considerar desigualdades sociais e econômicas.
Transição energética: Mudança gradual do uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) para outras fontes (solar, eólica, biomassa, etc).
Economia verde: Modelo econômico baseado em baixo carbono, eficiência de recursos e inclusão social.
Descarbonização: Processo de reduzir emissões de carbono em setores como energia, transporte e agricultura.
REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal): Mecanismo que recompensa países ou projetos que preservam florestas e reduzem emissões.
Resiliência climática: Capacidade de comunidades, ecossistemas e economias de resistir e se recuperar dos impactos do clima.
1,5°C: Limite máximo de aquecimento global considerado “seguro” para evitar desastres climáticos irreversíveis.
Adaptation Fund: Fundo criado para financiar projetos de adaptação em países vulneráveis.
GCF (Green Climate Fund): Fundo Verde para o Clima, principal mecanismo de financiamento internacional para ações climáticas.
Biodiversidade: A variedade de espécies vivas do planeta — essencial para o equilíbrio dos ecossistemas e o combate às mudanças climáticas.
Agropecuária Brasileira na COP 30 – posicionamento a CNA, do setor agropecuário, para a Conferência. Veja a íntegra aqui