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Agro Fraterno chega a Manacapuru e entrega cestas de alimentos em comunidades ribeirinhas
Por: Ascom - FAEA SENAR FUNDEPEC/AM
Um gesto com grande significado! Assim pode ser descrito o Agro Fraterno, que pretende ser o maior movimento de arrecadação e distribuição de alimentos do Brasil. No Amazonas, na quinta e sexta (17 e 18), ocorreu mais uma doação de cestas para 532 famílias de comunidades ribeirinhas de Manacapuru.
Estiveram presentes na ação a superintendente do Senar-AR/AM, Jeyn's Martins Alves, o prefeito de Manacapuru, Betanael da Silva D´ângelo, a vice-prefeita, Valcileia Maciel, o secretário de Assistência Social, Rosinaldo Cavalcante Moura, os vereadores Paulo da Pesca e Ivan Dezenove e o subsecretário de assistência social, Jailson Araújo. Na ocasião, o prefeito agradeceu o apoio recebido do Sistema Faea Senar Fundepec/AM com o Agro Fraterno. “A ajuda chega de forma oportuna e vamos poder atender a todos os nossos irmãos das comunidades", comemora.
Equipe do Sistema Faea Senar Fundepec/AM, prefeitura de Manacapuru e secretarias envolvidas
Betanael explicou que toda a zona rural está debaixo d’água e até a escola, construída acima do nível do rio da última grande cheia, foi atingida. “Para se ter uma ideia, quando se fala em zona rural ribeirinha, neste momento, em lugar nenhum tem terra. Então é necessária a utilização de barcos para atender as necessidades das famílias”, disse.
Desde que foi lançado, em 1º de junho, pelo Sistema CNA/Senar, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as entidades do Instituto Pensar Agro (IPA), milhares de pessoas pelo Brasil já foram atendidas. No estado do Amazonas, 2.262 já receberam o apoio que alimenta a esperança de dias melhores.
Em virtude dos impactos da maior cheia já registrada no Estado, a prioridade no atendimento do Programa Agro Fraterno são as famílias de produtores rurais em comunidades mais afetadas, que perderam sua produção e, consequentemente, a única fonte de subsistência.
Para Jeyn's Alves, superintendente do Senar-AR/AM, o Agro Fraterno é um círculo de solidariedade em prol daqueles que, neste momento, precisam de um olhar de atenção e uma mão amiga. "A distribuição das cestas é nossa forma de levar uma mensagem de afeto e de otimismo. É uma construção coletiva que entrega bem-estar em forma de alimento", enfatiza.
Manacapuru: cheia aumenta os problemas sociais
Assim como outras regiões do Estado, milhares de famílias de Manacapuru vivem em situação de vulnerabilidade social, agravadas pela pandemia e também pela cheia. O secretário de Assistência Social, Rosinaldo Cavalcante Moura, conta que somente em decorrência da enchente, foram cadastradas 10 mil famílias para receberem apoio. "Manacapuru tem cadastrado no sistema do CAD (Cadastro Único), 26 mil famílias registradas, que totalizam 66 mil pessoas, das quais 18 mil estão em situação de extrema pobreza", descreve.
Jeyn's relembra as características únicas do Estado, a exemplo do município de Manacapuru, que faz parte da região metropolitana, mas cujo acesso em áreas ribeirinhas não é tão simples. "E é importantíssimo chegar até aqui para trazer alimentos e isso não seria possível sem a parceria e o comprometimento dos parceiros. Nosso principal compromisso é chegar até as famílias e atenuar esse momento de sofrimento nesta grave crise de pandemia e também de enchente, um cenário peculiar. E só quem vive nessa região sabe como isso afeta a nossa população e nossa produção".
Além da área ribeirinha, a zona urbana encontra-se alagada e quase metade da cidade sente os reflexos da enchente, que mudou completamente a paisagem. Nas ruas, pontes de madeira foram construídas para facilitar o acesso de moradores às suas casas.
Famílias ribeirinhas utilizam canoas e motor de rabeta para deslocamento
Enchente deixou muitas famílias desabrigadas
Logística: barco e lanchas levam ajuda e esperança às famílias
Na avaliação da superintendente Jeyn’s Alves, a operação logística, coordenada pela prefeitura, por meio da secretaria de Assistência Social e Defesa Civil do município de Manacapuru, foi essencial para garantir que as cestas chegassem aos produtores rurais.
Foram atendidas doze comunidades, sendo elas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nova Jerusalém, Nossa Senhora da Conceição, Fé em Deus, Pentecostal, São Francisco de Assis I, São Francisco de Assis II, Cristo Rei, São Francisco Canindé, Apóstolo Paulo, Betânia e Nova Canaã.
A bordo de um barco recreio e lanchas rápidas, que percorreram as áreas rurais realizando as entregas para os produtores rurais beneficiados, a equipe do Sistema Faea Senar Fundepec/AM e do Sistema Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural) e FPS (Fundo de Promoção Social), levaram mais do que quilos de alimento, distribuíram cuidado e segurança alimentar durante a viagem que durou o dia inteiro.
Para receber as cestas alimentícias, os moradores vinham de canoa com motor de rabeta até o barco onde estava a equipe. Lá eles eram atendidos e saíam para casa com a garantia da refeição para a família.
Meire Ângela dos Santos, que mora na comunidade Cristo Rei, foi uma das beneficiadas. A produtora rural conta que conseguiu aproveitar pouco a plantação deste ano. "Quando alaga, acaba a produção e a gente fica esperando secar de novo para poder plantar novamente". Para ela, a cesta foi providencial e vai ajudar a suprir as necessidades da família, composta pelo marido e dois filhos. "No momento em que está alagado, a gente está precisando muito mesmo. Veio em uma hora boa", disse.
Para Danielle Garcia, gerente técnica do Sistema de Aprendizagem Rural (Senar-AR/AM), a experiência com o Agro Fraterno tem sido marcante. “É uma satisfação levar esperança junto com as cestas. Temos a oportunidade de contribuir de maneira significativa com quem faz muito pela sociedade. O produtor rural dedica grande parte de sua vida para produzir o alimento que chega nas nossas mesas. E hoje estamos retribuindo o trabalho e esforço dessas famílias", comenta.
Inspire-se e faça parte do movimento
O Agro Fraterno é liderado por entidades ligadas ao agronegócio, mas é aberto para arrecadação dos interessados em apoiar a iniciativa. O site do movimento conta com espaço destinado para doações, que podem ser em forma de recursos financeiros, alimentos ou cestas básicas. Para quem passa necessidade, toda ajuda é bem-vinda e o momento de fazer a diferença é agora. Se você quer contribuir, clique aqui e conheça mais.
Veja as ações anteriores, realizadas em Autazes e Iranduba .