AgroBrazil mostra sustentabilidade do agro paraense a embaixadas e organismos internacionais

Intercâmbio apresentou produção e boas práticas ambientais na Região Amazônica

Por CNA 22 de agosto 2025
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AGROBRAZIL 2025

Belém, Paragominas e Tomé-Açu, Pará (22/08/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) encerraram, na sexta (22), a 10ª edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil.

O programa reuniu diplomatas durante uma semana para conhecer o agronegócio do estado do Pará, com visitas a propriedades rurais, cooperativas e agroindústrias em Belém, Paragominas e Tomé-Açu.

Com foco na preparação para a COP30, o objetivo da viagem foi apresentar práticas sustentáveis que já fazem parte do dia a dia da agropecuária na região amazônica.

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Em seis dias, a comitiva viu de perto iniciativas que unem produção de alimentos, geração de renda e preservação ambiental, como o chocolate de cacau nativo em uma fábrica que valoriza práticas sustentáveis, e uma agroindústria de dendê conhecida por ser referência na recuperação de áreas degradadas e em consórcios florestais.

A comitiva também conheceu a cadeia produtiva do açaí, inovadora na colheita com robôs, e uma propriedade modelo de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) que mostrou, na prática, como é possível combinar rotação de grãos, engorda de gado e reflorestamento.

O grupo também visitou uma indústria de madeiras que planta seis milhões de árvores por ano e opera exclusivamente com matéria-prima reflorestada, além de conhecer experiências de agricultura familiar que integram lavouras e espécies florestais, com promoção de uma produção diversificada e recuperação ambiental.

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Fernanda Maciel, diretora adjunta de Relações Internacionais da Confederação, ressaltou que o intercâmbio reforçou o compromisso da CNA em defender, no cenário internacional, a imagem do agronegócio brasileiro como referência em sustentabilidade e segurança alimentar.

“Mostramos aos diplomatas a força da agricultura tropical sustentável e o papel essencial do produtor rural para alimentar o mundo preservando o meio ambiente”.

Para Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, foi fundamental apresentar desde a monocultura de grãos e reflorestamento de eucalipto até sistemas agroflorestais e cooperativos, que unem preservação, inovação e geração de renda para pequenos produtores.

“Mostramos ao mundo que o Brasil produz com diversidade, sustentabilidade e inclusão, valorizando desde os grandes sistemas até os pequenos produtores que vivem da floresta e ajudam a preservá-la”.

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Boas impressões - Durante esta edição, os diplomatas puderam interagir diretamente com produtores rurais, ouvir relatos sobre os desafios e oportunidades da região amazônica e observar como as diferentes realidades produtivas se desenvolvem de forma sustentável e responsável.

Wolfgang Bindseil, vice-embaixador na Embaixada da Alemanha, declarou que a experiência no Pará deixa clara a força do agro na região e o compromisso dos produtores em inovar para aliar produtividade e preservação.

“O que mais me impressionou foi a força de inovação dos agricultores da Amazônia. Eles não estão apenas focados em aumentar a produção, mas também em reduzir o impacto na natureza e proteger a floresta. Esse caminho para o futuro me parece muito promissor”.

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João Augasse, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), destacou a convivência prática com as diferentes iniciativas desenvolvidas no estado.

“Desde a chegada a Belém, até a imersão em projetos comunitários, práticas sustentáveis na agricultura e inovações tecnológicas, a viagem revelou um território que busca transformar sua realidade. Foi uma viagem incrível, que nos deu uma visão mais profunda sobre a realidade local”.

AgroBrazil - O intercâmbio foi criado em 2017 e, desde então, já levou diplomatas de mais de 40 países às cinco regiões brasileiras. A iniciativa busca aproximar representantes de mercados estratégicos da realidade da produção nacional, com o uso de tecnologias de baixo carbono, o cuidado com o bem-estar animal, a preservação da biodiversidade e a eficiência do setor agropecuário brasileiro.

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