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Minas Gerais

AgroNordeste II aprofunda no atendimento a produtores do semiárido em MG
Destaque Agro Nordeste II

6 de outubro 2022

Por: SENAR MINAS

O Projeto AgroNordeste, que encerra seu ciclo neste ano, colecionou casos de sucesso em terras mineiras e agora ganha uma continuação por meio da parceria do Sistema Faemg com a CNA. O Projeto AgroNordeste II iniciou, oficialmente, os atendimentos em setembro, mas as atividades já estão sendo desenvolvidas desde julho de 2022, com apoio dos Sindicatos de Produtores Rurais.

O projeto é voltado para pequenos e médios produtores das classes D e E do semiárido de Minas Gerais, contemplando 91 municípios do Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A expectativa é atender 1,5 mil propriedades, que, ao final, terão recebido um total de 36 mil visitas técnicas. São sete atividades contempladas: apicultura, avicultura, bovinocultura de corte e de leite, cafeicultura, fruticultura e olericultura.

AGNII Cacau Jordania 2022 - SENAR MINAS

Propriedade de cacau em Jordânia atendida pelo AgroNordeste II - a partir da esquerda, o técnico Kaike Lacerda, a supervisora Paola Prates e os produtores rurais

Cada propriedade receberá, de técnicos de campo treinados na metodologia do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), dois anos de assistência técnica e gerencial gratuita. O analista de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg e coordenador da iniciativa, Wender Guedes Borges, explica que os produtores assistidos ainda terão como suporte seminários, Dias de Campo, reuniões de avaliação de resultados (benchmarking) e o atendimento por telemedicina, além da oferta de cursos de capacitação do Senar Minas.

Desafios e soluções

A região do semiárido mineiro tem como um de seus grandes desafios a irregularidade de chuvas, o que eleva o risco de secas para mais de 60%. “Muitas propriedades na região atuam com baixa produtividade e sem o manejo apropriado, e pouco ou nenhum uso de tecnologia e de implementos agrícolas adequados, o que dificulta a criação de animais e a produção de alimentos de qualidade. Como consequência, a geração de renda é baixa e há pouco giro da economia”, acrescentou Borges.

Nesse cenário, o gerente executivo técnico do Sistema Faemg, Bruno Rocha de Melo, avalia que a expansão do Programa ATeG por meio do AgroNordeste II vem para ajudar a preencher uma lacuna deixada pelas políticas públicas e outras ações de extensão rural que nem sempre chegam a essa faixa de produtores. "Há muito ainda a se fazer, em especial pelos produtores de baixa renda. A continuidade desse projeto é um alento a milhares de famílias que terão a oportunidade de ter sustentabilidade para sua atividade. Essa parceria entre Senar Minas e Senar Administração Central trará mais esperança à população desses municípios".

Receita de sucesso

Antes de entrar em sua segunda fase em Minas, o Projeto AgroNordeste elevou vários pequenos produtores a pequenos empresários do agro. Empreendedorismo, associativismo e cooperativismo, sucessão familiar e aumento de renda foram alguns dos resultados da assistência técnica e gerencial desenvolvida por dois anos no semiárido mineiro.

Os apicultores Mauro Ribeiro e Maurício Ribeiro dos Santos, pai e filho de Porteirinha, no Norte de Minas, transformaram a produção de mel em protagonista da propriedade com a ajuda dos técnicos do AgroNordeste.

AGNII Apicultores Porteirinha 2022 - SENAR MINAS

Mauro Ribeiro e Maurício Ribeiro dos Santos, pai e filho

“Hoje temos a propriedade dividida em 20 apiários, contabilizando 332 colmeias e uma produção média, no último ano, de sete toneladas de mel. Os novos conhecimentos da assistência técnica e gerencial ajudaram muito, já que a nossa renda vem totalmente da apicultura”, relata Maurício Ribeiro.

O suporte técnico e gerencial também ajudou a dupla de apicultores a pensar em novas metas e objetivos para o empreendimento. Entre eles, conseguir o próprio Selo de Inspeção Federal (SIF) e aumentar a produtividade. “Já temos a nossa casa do mel toda adequada e produzimos a nossa própria cera. Nosso planejamento é passar a atuar com pólen e expandir área de trabalho para alcançarmos a meta de15 toneladas de produção a partir do melhoramento do manejo”, conclui Maurício.

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