Minas Gerais
Após GQC, produção leiteira é quase cinco vezes maior em propriedade de Oliveira (MG)
Por: SENAR MINAS
O ano era 2017. Dois jovens irmãos, Renato Tarsso Abreu Pedrosa e Eduardo de Abreu Pedrosa, hoje com 19 e 28 anos, respectivamente, participaram da turma do Programa Gestão com Qualidade em Campo – GQC, em Morro do Ferro, distrito de Oliveira, promovido por meio da parceria entre o Sistema FAEMG/SENAR/INAES, o Sindicato dos Produtores Rurais de São Tiago e o Sicoob Credivertentes.
De lá para cá, muita coisa mudou na Fazenda Capão do Cedro. “Naquela época, fizemos os piquetes. São 12 hectares de piquete rotacionado na época das águas e para silagem na época da seca”, explica Renato.
Tudo teve início com o GQC. “Somos muito gratos ao Sistema FAEMG/SENAR/INAES pela oportunidade de participar do GQC, assim como ao instrutor Bernardo Faria de Barros. Costumamos dizer que o GQC foi um divisor de águas. Em seguida, veio a oportunidade de participar do Balde Cheio, que tem nos auxiliado muito.” A produção leiteira cresceu quase cinco vezes em um período de três anos.
Renato conta que, na época do GQC, quando começaram a receber o conteúdo, a fazenda contava com 120 vacas na produção de leite. “Fazíamos uma ordenha por dia, chegando a 450, 500 litros de leite por dia. Ainda em 2017, com o desenvolvimento do GQC e aplicação das mudanças e melhorias, voltamos a tirar leite a tarde, passando a 650, 680 litros de leite por dia.” Ao final de 2017, já contabilizavam 800 litros de leite por dia.
“Começamos 2018 com a marca de 900 litros de leite por dia. Ao longo desse ano, alcançamos mil litros de leite por dia, sendo que, ao final de 2018, já estávamos com 1.400 litros. Em 2019, firmamos na marca de 1.500 litros de leite por dia. Já em 2020, as vacas produziam 1.600 litros de leite por dia. Agora, em outubro, com 109 vacas, somamos 2.150 litros de leite dia por dia. Cabe destacar que nunca compramos gado. Ao longo do tempo, fomos reestruturando o rebanho e colhendo excelentes resultados”, acrescenta o produtor.
Qualidade
Renato conta que a fazenda foi herdada do avô materno. “Meu avô sempre foi muito trabalhador e até hoje, aos 81 anos, está conosco de domingo a domingo. Desde muito novos, eu e meu irmão temos gosto pela vida no campo. Ainda crianças, já tínhamos nossas vaquinhas e tirávamos leite na mão.”
Antes do GQC, segundo ele, trabalhavam com gado de corte e a produção leiteira era muito tímida. “A participação no Programa nos fez definir que íamos mesmo viver da roça, afinal, somos apaixonados pelo que fazemos. A missão da Fazenda Capão do Cedro é produzir leite de qualidade e comercializar matrizes leiteiras de alta genética.”
Tal missão foi definida durante o GQC. “O Programa trata da gestão do negócio. Uma das fases envolve traçar o diagnóstico da empresa, que é quando o proprietário toma ciência do valor que ele tem na mão e o desfrute possível, que geralmente está baixo porque a propriedade não é vista como uma empresa”, explica o instrutor Bernardo.
O gerente do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Juiz de Fora, Marcio Luiz Silva, afirma que “tive a grata satisfação de participar do encerramento do GQC, lá em 2017, e fiquei impressionado com a apresentação dos planos e os depoimentos dos participantes. É gratificante saber que excelentes frutos estão sendo colhidos”. O gerente de negócios do Sicoob Credivertentes, Rogério Ladeira Franco, é enfático sobre os resultados do programa: “o GQC transforma vidas”.