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Alagoas

Assistidos pelo Agronordeste, bovinocultores de leite superam crise provocada pela pandemia

No município de Major Izidoro, sertão alagoano, a renda bruta média dos produtores cresceu 40% nos 2 meses mais críticos

11 de agosto 2020

Por: Ascom Senar Alagoas

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A vinculação da bovinocultura leiteira do município de Major Izidoro, no sertão alagoano, ao programa Agronordeste proporcionou resultados importantes e contribuiu para que os produtores pudessem enfrentar o momento mais crítico da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Do final de março ao final de julho, a renda bruta média dos bovinocultores de leite, que era de R$ 5.000 por mês, chegou a sofrer uma queda com o fechamento total do comércio, mas aumentou para quase R$ 7.000. Um crescimento de 40%.

Essa e outras informações sobre os dois primeiros meses de trabalho pelo programa Agronordeste foram divulgadas em relatório assinado pela coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, Luana Torres, e pelo zootecnista e técnico de campo Filipe Chagas, responsável pelo atendimento aos produtores de leite da região de Major Izidoro.

De acordo com os resultados apresentados, a recomendação do técnico de campo, para que os produtores reduzissem o fornecimento de ração, contribuiu para a diminuição dos custos, preveniu problemas com infecções das glândulas mamárias dos animais, gastos com medicamentos e foi de extrema importância para a estabilidade da renda bruta dos bovinocultores de leite assistidos.

Por conta da pandemia, a produção média de leite na região de Major Izidoro apresentou uma queda considerável no mês de junho, de 4.200 litros para pouco mais de 3.800 l. A redução está relacionada ao fechamento total do comércio. Com estoques lotados e sem ter para onde escoar a produção, os laticínios que absorvem o leite dos produtores assistidos pararam de comprar o leite da segunda ordenha (período da tarde).

Porém, no mês julho, a abertura parcial dos restaurantes e lanchonetes com a opção de delivery possibilitou o escoamento da produção dos laticínios e viabilizou a compra do leite das duas ordenhas. Com a assistência técnica e gerencial do Senar, por meio do programa Agronordeste, a produção média saltou para 4.300 litros por mês.

Paralelamente, o preço médio pago pelo litro de leite aumentou de R$ 1,18 para R$ 1,32 no período. Este aumento está relacionado à pandemia, como forma de amenizar os prejuízos dos produtores no momento em que só conseguiam comercializar o leite da primeira ordenha.

“Esse aumento no valor pago pelo litro do leite, aliado à redução dos gastos com a ração, foi fundamental para manter os produtores na atividade, pois possibilitou manter a renda bruta dos produtores estável nos meses em que o comércio permaneceu fechado e aumentá-la com a abertura parcial do comércio”, conclui o relatório produzido no Senar Alagoas.

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