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Capacitação e Assistência Técnica são caminho para aumentar rentabilidade do produtor

<p>Miss&atilde;o do Banco Mundial visita Mato Grosso do Sul para conhecer propriedades atendidas pelo projeto ABC Cerrado</p>

22 de novembro 2017
Por Senar

Campo Grande, MS (22/11/17) – A capacitação associada à inovação tecnológica e à Assistência Técnica é o caminho para melhorar os resultados da propriedade, tornando o negócio mais rentável e, consequentemente, mais sustentável também.

Essa é a conclusão dos participantes da Missão do Banco Mundial que visitou, esta semana em Mato Grosso do Sul, duas propriedades rurais atendidas pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) dentro do Projeto ABC Cerrado do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) na tecnologia de recuperação de pastagens degradadas.

O projeto é desenvolvido pelo SENAR em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa e com recursos do Banco Mundial.

“As experiências das propriedades que visitamos são muito interessantes e mostram que somente com a assistência técnica do SENAR os produtores investiram recursos do próprio bolso para melhorar as pastagens e todo o sistema produtivo, com possibilidades, inclusive, de expandir para áreas vizinhas. São resultados excepcionais e eu, pessoalmente, gostaria de poder fazer mais para ampliarmos o projeto e aumentarmos os resultados”, destacou o gerente do ABC Cerrado no Banco Mundial, Maurizio Guadagni.

Para Sidney Medeiros, do MAPA, o ABC Cerrado é uma experiência bem-sucedida que possibilita ao produtor ter retorno econômico associado à mitigação dos gases de efeito estufa, além de maior resiliência e melhor adaptação aos eventos climáticos extremos.

“Com esses resultados iniciais do projeto o ministério ratifica o posicionamento anterior de que o fornecimento de assistência técnica de qualidade é um grande motivador e uma grande ferramenta para sensibilizar o produtor a adotar as tecnologias de baixa emissão de carbono.”

O pesquisador da Embrapa, Tallyrand Moreira, reforçou a importância do projeto para o desenvolvimento da agropecuária. “Foi muito bom de ver as soluções tecnológicas, resultado das pesquisas da Embrapa, sendo aplicadas nas propriedades e trazendo resultados para o produtor.”

A propriedade visitada nesta terça-feira (21) pertence ao veterinário e pecuarista Renê Miranda, do município de São Gabriel do Oeste. Ele produz e comercializa touros com melhoramento genético para reprodução.

Depois do projeto ABC Cerrado e da Assistência Técnica, Miranda recuperou a pastagem e também investiu no Sistema Plantio Direto para produção de milho para alimentação de inverno do gado. Antes, o grão era comprado.

“Sempre procurei por inovação, nunca me acomodei e foi nessa busca por capacitação que descobrimos o ABC Cerrado. Acredito que é um projeto que vem ao encontro das necessidades da pecuária sul-mato-grossense. Ele encaixa como uma luva e cabe a cada um adaptar às suas necessidades. Para nós, o principal foi a capacitação e o monitoramento técnico mensal. Isso fez toda a diferença.”

A propriedade tem 270 hectares e aproximadamente 900 animais. Além da pecuária, o produtor investe na recuperação de nascentes e planeja criar uma fossa séptica e um sistema de energia solar.

A Missão terminou com uma visita à Sede do Sistema FAMASUL/SENAR-MS, em Campo Grande.

“Essa parceria do SENAR com Ministério da Agricultura, Embrapa e Banco Mundial foi fundamental para que o SENAR Mato Grosso do Sul conseguisse vencer o desafio de levar o conhecimento produzido pela comunidade científica aos produtores e garantir efetividade nas nossas ações de melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais”, afirmou o superintendente do SENAR/MS, Lucas Galvan.

Na avaliação do coordenador do ABC Cerrado no SENAR Nacional, Mateus Tavares, os resultados observados estão acima do esperado, tanto para a entidade quanto para os parceiros.

“Vimos a incorporação real das tecnologias ABC nas propriedades e conseguimos compará-la à situação anterior às intervenções. Com isso, a expectativa é abrir portas para novos projetos e ter a assistência técnica como carro-chefe para levar mais tecnologia para dentro da porteira e, consequentemente, melhores resultados para a produção agropecuária brasileira.”


Assessoria de Comunicação do Sistemja CNA/SENAR