CNA acompanha discussões na COP-23
Brasília (14/11/2017) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acompanha nesta semana as discussões da 23ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-23), que ocorre até a próxima sexta (17), em Bohn, na Alemanha.
No evento, especialistas e chefes de Estado debatem, entre outros pontos, propostas e desafios para mitigar os efeitos do clima sobre as atividades produtivas e para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, além de ações para promover o desenvolvimento sustentável.
Representam a CNA no evento o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da entidade, Muni Lourenço Silva Júnior, e o assessor técnico João Carlos Dé Carli.
Um dos pontos defendidos pela entidade é o fomento à agricultura de baixo carbono para ajudar o Brasil a cumprir suas metas de redução de emissão de gases poluentes. Para Muni Lourenço Silva Júnior, o produtor rural brasileiro é quem mais preserva o meio ambiente no país e terá papel fundamental neste processo.
“Viemos aqui mostrar o compromisso do setor agropecuário brasileiro com a sustentabilidade ambiental. Temos a lei ambiental mais rigorosa do mundo e o produtor brasileiro está convencido de que não há nenhuma contradição em produzir alimentos e proteger o meio ambiente”, afirmou.
Ele lembra que a produção de alimentos no Brasil cresceu nos últimos anos sem a pressão pela abertura de novas áreas e o país é exemplo para o mundo na adoção de tecnologias de baixo impacto ambiental, como a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) e o plantio direto.
No entanto, a CNA ressalta que o desafio de cumprir as metas de redução de GEEs não pode recair apenas sobre o setor agropecuário brasileiro e que as peculiaridades da atividade devem ser observadas para evitar “prejuízos ao crescimento econômico e avanços sociais conquistados até o momento”.
A CNA espera também que o Brasil reitere a proposta apresentada nas conferências anteriores de levar em consideração os esforços já empreendidos e que se paute principalmente pela capacidade nacional de cumprir as metas que forem assumidas.
O Brasil deve, também, buscar o reconhecimento de ações antecipadas de mitigação (early actions), realizadas no período entre 2010 e 2020, como as oriundas do combate ao desmatamento, que até 2014 resultaram na redução de emissões de mais de 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
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