CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Entidade participou de reunião da Câmara Setorial da Soja na terça (30)
Brasília (02/05/2024) – A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja do Ministério da Agricultura discutiu, na terça (30), as estimativas da área plantada de soja e milho no Brasil e a atual situação do mercado doméstico de grãos.
Para o presidente da câmara, André Dobashi, que também preside a Comissão Nacional de Cereais, Grãos e Oleaginosas da CNA, o setor produtivo precisa colaborar para conciliar os métodos e dados usados para projetar a produção e a área plantada no país.
“Essa é uma primeira conversa para avançarmos na consolidação de um dado único de área e produtividade e, assim, aprimorar as previsões oficiais de safra”, disse.
André citou como exemplo o projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), parceria entre o Sistema Famasul e o Governo do Estado, que se consolida a cada safra como fonte de dados e informações consistentes, servindo de base para estudos realizados por instituições diversas.
Em relação às fontes oficias de estatísticas de produção agrícola, o presidente destacou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
De acordo com o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, nas últimas duas safras, principalmente, as estimativas de produção de soja no Brasil foram divergentes.
Outro assunto debatido na reunião da câmara setorial foi a Lei de Segurança Alimentar da China. O assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues, afirmou que a nova lei prevê uma série de critérios para a produção e circulação de grãos no país, estabelecendo dispositivos voltados ao aumento da produção e redução da dependência externa.
“A China não será capaz de abastecer integralmente seu mercado doméstico de soja no curto prazo. Entretanto, com o novo dispositivo legal que vincula o aumento da produção como um dos objetivos do Partido Comunista da China (PCCh) é provável que as importações do país comecem a desacelerar à medida que a produção aumenta”, explicou Pedro.