CNA debate diferenças de custos do arroz brasileiro e do importado
Brasília (22/11/2017) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou nessa terça (21) de audiência pública, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, para debater a diferença dos custos de produção do arroz brasileiro em relação aos custos do produto importado dos países do Mercosul.
Durante a reunião, o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski, explicou que o Uruguai, a Argentina e o Paraguai têm produzido o arroz por um preço mais baixo e exportado para o Brasil com valor inferior aos custos de produção interno.
“O produtor brasileiro está perdendo mercado para o arroz importado. A rentabilidade está sendo comprometida, prejudicando a manutenção do produtor na atividade e agravando ainda mais a crise do setor. Nessa safra, a rentabilidade foi impactada pelos baixos preços do arroz, ocasionados principalmente pelo produto importado dos países do bloco econômico”.
De acordo com o diretor-administrativo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Francisco Schardong, os custos de produção da Argentina e do Uruguai são 51% e 24%, respectivamente, menores do que os do Brasil. Um dos motivos para essa situação é que os produtores desses países pagam valores inferiores por determinados insumos do que os produtores do Brasil.
“O rizicultor está descapitalizado, pois vem sofrendo com os altos custos e o excesso do produto nos armazéns. Muitas dívidas de crédito rural estão acumuladas e a falta de chuva atrasou em 50% a área plantada da safra 2017/2018”, disse Schardong.
Foi criado um grupo de trabalho com os principais agentes do setor e de parlamentares para discutir as dificuldades da cadeia produtiva. O objetivo é elaborar um documento com pleitos referentes ao acordo de livre comércio com o Mercosul, para apresentar ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
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