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CNA debate importância do seguro rural em Congresso da Alasa
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Evento é promovido de 7 a 10 de abril, em Brasília

9 de abril 2025
Por CNA

Brasília (09/04/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu, na terça (8), as operações de crédito e o seguro rural, durante o “XVII Congresso Alasa 2025”, promovido pela Associação Latino-americana para o Desenvolvimento do Seguro Agropecuário, em Brasília.

A CNA é uma das apoiadoras do evento, que reúne seguradoras, resseguradoras, cooperativas agropecuárias, instituições financeiras, produtores, corretores, representantes de governos e especialistas de diversas partes do mundo.

O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, André Dobashi, participou de um painel junto com representantes do Banco del Bajío do México, do Banrural da Guatemala e do Banco do Brasil.

Em sua fala, André destacou a importância do seguro rural para amparar os produtores em episódios de quebra de safra, principalmente diante do aumento das catástrofes climáticas. “Os casos de regiões afetadas pelo clima não são mais pontuais e não têm acontecido de maneira regionalizada”.

Ele citou relatos dos produtores rurais, durante os encontros regionais da CNA para levantamento das demandas para o próximo Plano Safra, sobre a existência de poucos produtos de seguro. “Os que têm são caros e não são suficientes para atender a toda a demanda. Em resumo, o seguro é inacessível e as subvenções acabam rápido”.

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André Dobashi explicou que, nos últimos anos, houve uma redução no número de apólices contratadas e, consequentemente, uma diminuição na área segurada e no número de produtores beneficiados. “O seguro rural ainda abrange uma área muito pequena no Brasil, algo em torno de 16% da área de produção nacional. Isso mostra a fragilidade do programa e a necessidade de uma modernização”, afirmou.

Para o presidente da comissão, o seguro rural é uma ferramenta de gestão de risco de extrema importância e precisa de um melhor direcionamento de recursos. Nesse sentido, ele citou o Projeto de Lei 2951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP/MS), que vai trazer proteção ao orçamento do seguro; operacionalização do Fundo Catástrofe e melhoria no ambiente de negócios.

Durante a palestra, o representante da CNA falou da preocupação da entidade com o assunto e das ações para orientação e capacitação do produtor sobre a ferramenta. “A gente orienta o produtor no sentido de conscientizar sobre a importância e como deve ele deve ser empregado dentro do sistema de produção”.

Por fim, Dobashi afirmou que “as boas práticas agropecuárias dentro de um sistema produtivo tropical, um bom programa de seguro rural, um Fundo de Catástrofe e a ampla capilaridade por meio de seguradoras e resseguradoras, farão do Brasil o maior celeiro do mundo”.