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CNA debate medidas para mitigar prejuízos econômicos da suinocultura independente
Entidade participou de audiência pública na Câmara dos Deputados, na terça (5)
Brasília (05/07/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu medidas para mitigar os prejuízos financeiros da suinocultura independente nacional, na terça (5), durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O debate foi solicitado pela deputada Aline Sleutjes (Pros-PR).
Nos últimos meses, os suinocultores independentes têm enfrentado uma das piores crises econômicas no setor. A queda dos preços de venda do suíno vivo no mercado interno, a alta do dólar e dos grãos têm impactado significativamente os custos de produção da atividade.
Na audiência, o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Marcelo Valles Bento, afirmou que em 2020 houve um aumento dos preços do suíno em função da boa demanda de exportação para a China. Em 2019, o país asiático perdeu parte do seu plantel por conta da Peste Suína Africana (PSA).
Entretanto, Marcelo explicou que a China se recuperou mais rápido que o estimado no início da crise, impactando as exportações brasileiras. Em 2021, a China respondeu por 52% das exportações de carne suína do Brasil. Entre janeiro e maio deste ano, o valor caiu para 35%.
“À medida em que a China reduziu as compras no mercado internacional, tivemos um aumento significativo dos preços do milho e do farelo de soja, que representam 70% dos custos operacionais da atividade, e queda do preço do animal no mercado interno. Desde então, o produtor vem trabalhando no vermelho. Em alguns estados, o prejuízo chegou a mais de R$ 3,00 por quilo ou R$ 300,00 por animal terminado”, disse Valles.
Em levantamento realizado pela CNA, junto às Federações de Agricultura e Pecuária dos estados, foi estimada uma dívida de R$ 3,5 bilhões dos suinocultores independentes com as instituições financeiras.
Em sua exposição, Marcelo Valles Bento apresentou os pleitos da CNA frente à crise na suinocultura independente, como a isenção de PIS/Cofins do milho importado, a inserção da carne suína na merenda escolar como forma de ajudar a escoar os estoques internos, a prorrogação do prazo de pagamento por um ano dos financiamentos de custeios da atividade, entre outros.
Em abril deste ano, a CNA enviou à Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) um ofício solicitando a criação de uma linha emergencial de crédito rural com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para custeio (capital de giro) e a prorrogação das dívidas das operações de crédito de custeio e investimento da suinocultura independente com o Fundo.
Participaram da audiência o coordenador-geral de Culturas Perenes e Pecuária da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, João Antônio Fagundes Salomão, o chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, Rogério Boueri, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e o conselheiro de Mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) Valdecir Folador.
Assista o debate na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=PpGsG_n8Zv8
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