CNA debate prioridades do setor de uva e vinho na Tecnovitis
Feira acontece até sábado (6), em Bento Gonçalves (RS)
Foto: Divulgação Tecnovitis
Brasília (04/12/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (4), em Bento Gonçalves (RS), da reunião da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados do Ministério da Agricultura.
A reunião foi realizada durante a Feira de Tecnologia para Viticultura e Fruticultura (Tecnovitis), em Bento Gonçalves (RS).
O presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, Elson Schneider, representou a CNA no encontro, que discutiu temas centrais para o desenvolvimento e a competitividade da cadeia produtiva.
Um dos principais pontos foi a preocupação com a deriva de herbicidas hormonais sobre vinhedos, capaz de causar danos fisiológicos às plantas, reduzir a brotação e resultar em perdas significativas não apenas na safra atual, mas também nas seguintes, comprometendo o potencial produtivo das videiras.
A reunião também abordou o recente decreto que atualiza regras relacionadas ao Regulamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Rispov), modernizando procedimentos e ampliando a transparência nos processos aplicados à indústria de vinho, sucos e derivados da uva.
A mudança foi considerada um avanço importante para fortalecer a organização do setor e garantir maior segurança regulatória.
Outro tema em destaque foi o Projeto de Lei do Vinho. Para a CNA, o marco legal deve estimular a produção de vinhos e demais derivados, valorizando pequenas vinícolas, produções artesanais e características regionais.
“Defendemos que o instrumento favoreça a expansão do setor, respeitando suas particularidades e identidade territorial”, reforçou Schneider.
Por fim, foram discutidos os desafios e oportunidades relacionados ao acordo Mercosul–União Europeia. O setor agropecuário enxerga no tratado uma chance de ampliar exportações e fortalecer produtos brasileiros.
Para a cadeia de uva e vinho, a avaliação é de que o país precisa investir em estratégias de valorização e ganho de competitividade, com destaque para o fortalecimento das Denominações de Origem e Indicações Geográficas, fundamentais para elevar o reconhecimento e a presença dos produtos brasileiros nos mercados interno e externo.