CNA debate soluções climáticas na COP 30 Farmers Summit

Encontro discutiu papel da agropecuária, considerando as diferentes realidades produtivas

Por CNA 7 de novembro 2025
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Bruno Lucchi painel

Brasília (07/11/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (7), do segundo dia da COP 30 Farmers Summit, realizada na sede da entidade, em Brasília. O evento reuniu especialistas e representantes do setor para discutir o papel da agropecuária nas soluções climáticas.

O primeiro painel do dia foi mediado pela diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, que destacou a importância de fortalecer a cooperação regional em torno de práticas sustentáveis.

“Os agricultores enfrentam desafios específicos em cada realidade, mas também compartilham dificuldades comuns seja na produção, na comercialização doméstica ou internacional. Nosso objetivo é mergulhar nas particularidades de cada país e identificar pontos de convergência para unir forças e enfrentar esses obstáculos juntos no cenário internacional.”

Entre os participantes do painel, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou exemplos concretos das tecnologias e práticas sustentáveis adotadas pelo produtor rural brasileiro, ressaltando a capacidade do setor de inovar e reduzir emissões.

Lucchi destacou o uso crescente de inteligência artificial e automação de máquinas no campo, adaptadas à diversidade das mais de 5 milhões de propriedades rurais do país.

“Na década de 1970, o produtor fazia uma safra por ano. Hoje, com o uso de variedades precoces, irrigação e integração de culturas, conseguimos realizar duas a três safras em algumas regiões, otimizando o uso da terra e fortalecendo práticas sustentáveis”, explicou.

O diretor técnico ainda citou práticas consolidadas de produção como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o papel de políticas públicas como o Programa ABC+, que oferece crédito com taxas reduzidas para estimular a adoção de tecnologias de baixa emissão.

“Essas tecnologias mostram que o produtor rural brasileiro é parte da solução climática. Ele já adota práticas sustentáveis que conciliam produtividade, preservação ambiental e segurança alimentar”, concluiu.

Para ele, também é necessário ressaltar a importância do agro brasileiro no desenvolvimento social do Brasil.

“Falamos muito do que nós geramos de emprego, PIB, exportações, falamos da segurança alimentar, mas comentamos pouco da importância do agro para o desenvolvimento do interior do pais. Existem regiões que se não fosse agropecuário não teriam nada. O agro tem uma grande relevância, não só do ponto de vista econômico para o Brasil, mas principalmente social”, finalizou.

O assessor técnico da CNA, Guilherme Rios, participou do painel do segundo painel do dia, que debateu como melhorar o acesso dos agricultores ao financiamento climático”, que abordou instrumentos financeiros e políticas de crédito capazes de apoiar o produtor rural na transição para uma agricultura mais resiliente e de baixa emissão de carbono.

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