CNA defende o agro como solução para enfrentar o aquecimento global
Entidade discutiu as propostas do Brasil para a COP-26 em audiência pública na Câmara dos Deputados
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF): uma das tecnologias de baixa emissão de carbono.
Brasília (20/08/2021)
– O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, defendeu, na sexta (20), o reconhecimento da agropecuária como parte da solução para o enfrentamento do aquecimento global.
“O posicionamento do setor é que o agro seja parte da solução ambiental e das mudanças climáticas com a adoção de práticas de produção sustentáveis”, afirmou Lourenço, que também é presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea).
Ele participou de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos deputados, que debateu as propostas do Brasil para a 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP-26), que acontece em novembro, em Glasgow (Escócia).
“A COP é um evento extremamente importante de debate das questões climáticas e ambientais que são prioritárias para todo o setor agropecuário. A CNA acredita que o Brasil tem todas as condições de participar das negociações de forma ativa porque vem se consolidando como uma grande potência agroambiental”.
Muni Lourenço apresentou as políticas públicas que o País desenvolve, como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono, e reforçou a preocupação do produtor rural com a produção sustentável de alimentos.
“A nossa agricultura é altamente tecnificada e verticalizada. A cada um Real do Plano ABC, por exemplo, o produtor investe R$ 7 reais de seus próprios recursos e isso mostra claramente a preocupação dele com a produção sustentável”, disse.
O vice-presidente da CNA destacou os principais assuntos que o setor considera importantes para o debate na COP-26, como o mercado de carbono, previsto no artigo 6º do Acordo de Paris, que segundo Lourenço, deve ser regulamentado “porque é fundamental para o Brasil e para a produção de alimentos”.
“Nossa expectativa é muito grande para que o País apresente seus números que refletem o comprometimento dos setores como o agro. É um esforço que precisa ser reconhecido para que efetivamente esse debate possa ser guiado pelo prisma científico e ambiental”, afirmou.
A audiência pública foi proposta pelo deputado Zé Silva (Solidariedade/MG) e ouviu também representantes dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão (Anater) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
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