Brasília (27/06/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (27), de encontro do grupo de Diplomatas da Agricultura no Brasil, realizado na Embaixada da Colômbia, em Brasília.
O evento teve como tema “Perspectivas da Bioenergia no Mundo e a Experiência do Brasil” e contou com especialistas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Ministério de Minas e Energia (MME).
Ana Lenat, coordenadora de Produção Agrícola, e Eduarda Lee, assessora técnica de Cana-de-açúcar e Silvicultura, representaram a CNA.
Durante o debate, Ana destacou a longa trajetória do Brasil no setor de bioenergia e o papel das políticas públicas na consolidação das cadeias produtivas.
“A transição energética já está enraizada na cultura brasileira há bastante tempo e, desde o início do século, o setor só cresce. Esse avanço foi impulsionado por decisões estratégicas do poder público, como a política de biodiesel, que organizou a cadeia produtiva e abriu novas oportunidades para o campo”, afirmou.

A assessora também abordou a contribuição da produção de soja, milho , girassol e algodão como matérias-primas para combustíveis renováveis.
Eduarda, por sua vez, reforçou o potencial do Brasil como referência mundial em matriz energética limpa e diversificada.
“O Brasil já é um destaque global na renovabilidade e diversificação de matérias-primas. Avançamos muito e aproveitamos ao máximo, não existem mais resíduos. O etanol de milho, por exemplo, deve representar um quarto da produção nacional nos próximos anos”, disse.

Segundo ela, a diversificação é estratégica. “Se ganha em escala e se reduz o custo, além de aumentar a margem para o produtor. Além disso, leva agroindústria a regiões antes impensadas, o que gera emprego e renda no campo.”
O embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Vilela, também compartilhou as iniciativas do país no setor. Ele explicou que o governo colombiano tem priorizado o uso de biocombustíveis, especialmente em áreas rurais, como forma de promover o desenvolvimento regional.
“Queremos fortalecer a presença da bioenergia em diversos setores industriais. Estamos buscando tecnologias que tornem o biogás uma fonte permanente de energia e estimulem sua aplicação em processos produtivos em larga escala”, afirmou.