Logo CNA

CNA destaca sustentabilidade do agro brasileiro em evento na Bahia
Encontro mulheres do agro ba

Confederação participou, na sexta (8), do 2º Encontro de Mulheres do Agro Baiano no e-Agro 2024

8 de novembro 2024
Por CNA

Brasília (08/11/2024) – A assessora de Sustentabilidade da CNA, Jordana Girardello, falou sobre a sustentabilidade da agropecuária brasileira durante o 2º Encontro de Mulheres do Agro Baiano, que recebeu mais de 450 mulheres representantes do setor no estado.

A assessora técnica da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, Liziana Maria Rodrigues, também participou do encontro, realizado durante a programação do e-Agro 2024, evento sobre inovação e sustentabilidade, em Salvador (BA).

Jordana destacou o desenvolvimento da produção agropecuária brasileira por meio da tecnologia e frisou a importância da disponibilidade de terra e água para garantia da segurança alimentar mundial, levando em consideração o aumento populacional até 2050, segundo dados da FAO.

Ela abordou ainda os impactos das mudanças climáticas e as soluções do agro para continuar produzindo alimentos, como a aplicação de tecnologias de baixa emissão de carbono, entre elas, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, recuperação de áreas degradadas, entre outros.

Segundo Jordana, o Brasil utiliza apenas 30,2% de sua área para produção agropecuária, mantendo 66,3% de área preservada com vegetação nativa.

Jordana fala com público feminino do agro baiano. Jordana fala com público feminino do agro baiano.

"O Brasil dedica à vegetação nativa uma área equivalente à superfície de 48 países e território da Europa. São 564 milhões de hectares protegidos e preservados”, disse.

"Em comparação com outros países, o Brasil ocupa apenas 7,8% do solo com lavouras e mesmo assim a produção continua crescendo, é o que chamamos de efeito poupa terra: aumento de produtividade sem abertura de novas áreas."

Jordana lembrou ainda do compromisso do produtor rural brasileiro com o Código Florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ela, são mais de 7,2 milhões de produtores cadastrados, mas apenas 27% passaram por algum tipo de análise e, desses, 1,4% teve a análise concluída.

Na avaliação da técnica, existem gargalos para que o processo de análise avance, como a falta de estrutura dos órgãos estaduais de meio ambiente, falta de profissionais qualificados para o trabalho e problemas no Sistema de Cadastro (Sicar).

Jordana com Carminha Missio, vice-presidente da Federação da Bahia, e Liziana Rodrigues. Jordana com Carminha Missio, vice-presidente da Federação da Bahia, e Liziana Rodrigues.

"Como consequência da falta de regularização ambiental das propriedades, o produtor sofre para acessar crédito rural e mercados para seus produtos", observa.

A assessora técnica destacou ainda que para contribuir com a implementação do Código Florestal, a CNA e parceiros desenvolvem projetos e programas como o RetifiCAR e o Pravaler, que buscam destravar a regularização ambiental das propriedades por meio de ações estratégicas junto aos produtores rurais.

Conferência do Clima - Jordana Girardello também citou a participação da CNA na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP29), na próxima semana em Baku, no Azerbaijão.

Segundo ela, a adaptação às mudanças climáticas, mercado de carbono, financiamento, trabalho conjunto de Sharm El Sheikh, compromisso global para redução do metano, sistemas agroalimentares e comércio internacional serão os principais temas abordados no evento.

"A CNA tem atuado junto ao Governo Federal para levar o posicionamento do agro brasileiro nas negociações internacionais e divulgar as práticas sustentáveis do agro para a comunidade internacional. Além disso, a CNA atua junto aos negociadores brasileiros para garantir a defesa do produtor rural nas negociações sobre mudanças climáticas na COP29”, finalizou.

Áreas de atuação

Matérias Relacionadas