CNA e Apex-Brasil promovem seminário virtual sobre exportação de mel e derivados
Capacitação online aconteceu nos dias 24 e 25 de junho
Brasília (25/06/2021) – Empresários rurais brasileiros, inscritos no Projeto Agro.BR, participaram, nos dias 24 e 25 de junho, de uma capacitação online sobre a exportação de mel e derivados.
O seminário foi realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
Na abertura do encontro, na quinta (24), a coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, afirmou que a meliponicultura é considerada um setor prioritário desde o início do Projeto Agro.BR. “Nosso objetivo é qualificar os produtores e facilitar o acesso a mercados internacionais, reduzindo o número de intermediários no processo”.
Para o gerente de Assistência Técnica da Famasul, José Pádua, o mel brasileiro já é de muita qualidade, mas precisa de um trabalho de comunicação e marketing para alcançar novos mercados.
A programação do seminário inciou com uma apresentação da consultora do Agro.BR em Mato Grosso do Sul, Nathalia Alves, sobre a iniciativa, as oportunidades de negócios e dicas para encontrar novos mercados para exportação.
De acordo com Nathalia, atualmente são 821 empreendedores cadastrados no Agro.Br, sendo cafeicultura, fruticultura e apicultura os setores com mais inscrições. São mais de 180 empresas negociando, 68 exportando e 76 mercados que receberam exportações de produtos agrícolas brasileiros.
“O Agro.BR está levando o pequeno e o médio empreendedor para os mercados internacionais, a partir do trabalho de sensibilização, capacitação, planejamento e geração de negócios”, disse.
Segundo a consultora, para buscar as informações de mercado, o produtor precisa ter acesso aos sistemas de comércio exterior e conhecer a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e o Sistema Harmonizado (SH) do produto que quer realizar a pesquisa. “O nosso objetivo é apoiar, a partir de informações estatísticas e dados comerciais, o demandante na escolha do mercado alvo para exportação”.
Já o presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), Luciano Fernandes de Souza, contou um pouco da história do grupo, que serviu como um case para os participantes do seminário. A Coopemapi, criada em maio de 2016, abrange 25 municípios do Norte de Minas Gerais e tem mais de 350 cooperados.
“Em setembro de 2016 iniciamos a comercialização da cooperativa e em janeiro de 2017 abrimos uma loja com produtos de apicultura no município de Bocaiúva para beneficiar os cooperados”. Luciano contou que a cooperativa já iniciou o processo de exportação de mel para os Estados Unidos.
“A previsão é exportar quase 30 toneladas ainda em 2021. Entre agosto desse ano e agosto de 2022, a perspectiva é de 100 toneladas de mel fracionado. Até 2030 a previsão é de 1.500 toneladas. Além disso, o processo de exportação para a União Europeia já está em andamento e com expectativa de grandes negócios”, destacou.
Por fim, o diretor executivo da PharmaNectar, José Alexandre, apresentou um case sobre a empresa e deu dicas sobre inovação para abordagem e conquistas de novos mercados. “Hoje nossa empresa exporta para 32 países regularmente. E a cada dia que passa a nossa pauta de produtos finais e intermediários se torna maior em relação aos produtos in natura ”, disse.
Segundo José, para entrar no mercado internacional, é fundamental os produtores aproveitarem os apoios institucionais e investirem em certificados e na verticalização da produção. “É com resiliência e persistência que o sucesso virá”.
O seminário virtual continuou na sexta (25), com a apresentação do presidente da Federação Mineira de Apicultura (Femap), Cézar Ramos, sobre os aspectos práticos na exportação de mel e própolis e as perspectivas para os mercados dos EUA, Europa e Ásia.
Segundo ele, a estrutura organizacional da cadeia produtiva apícola com foco na exportação envolve o setor primário (agricultor e apicultor), o setor secundário (entreposto e indústria) e o setor terciário (comércio exterior).
Cézar também citou as modalidades de exportação, sendo a indireta realizada por intermédio de comercial exportadora ou trading companies estabelecidas no Brasil, e a direta, onde o exportador vende direto para o exterior, negocia o preço, qualidade, entrega e pagamento sem nenhum intermediador no processo.
Ramos falou ainda sobre as formas de atuação no mercado chinês e a certificação necessária para o mel nos Estados Unidos e na Europa.
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