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CNA e Embrapa discutem aumento de produção do trigo no Cerrado
Encontro aconteceu na quinta (29), em Brasília
Brasília (30/08/2024) - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (29), com representantes da Embrapa, para discutir propostas para aumentar a produção do trigo na região do Cerrado.
Participaram os assessores técnicos da CNA Tiago Pereira e Larissa Mouro, e os analistas da Embrapa Trigo Adão da Silva Acosta e Álvaro Augusto Dossa.
O encontro faz parte das ações para reduzir a dependência externa brasileira do cereal, definidas após o primeiro Workshop do Trigo promovido pela CNA em 2023.
"Umas das prioridades é a construção de políticas públicas pata acabar com essa dependência, buscando a expansão do trigo no Cerrado", explicou Tiago Pereira.
Ele relatou que a Comissão tem intensificado a coleta de dados para o trigo, inclusive com a inserção de novas áreas de expansão como Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Já Adão relembrou que o desenvolvimento da triticultura tropical no Brasil é resultado de um esforço colaborativo entre instituições de pesquisa, o setor produtivo, a indústria e o poder público. "A CNA desde o início foi parceira no projeto e queremos ouvir o feedback do produtor para avançar com a transferência de tecnologias."
Por sua vez, Álvaro comentou sobre uma iniciativa da Embrapa para consolidar uma base de dados para essa estratégia de expansão. "Estamos identificando com os diferentes atores da cadeia como agregar informações que vão ajudar na tomada de decisão na ponta".
Já a assessora técnica Larissa Mouro falou sobre o Projeto Campo Futuro e comentou que a iniciativa é referência para o benchmark de custos para a cultura.
"Com os nossos dados, conseguimos pautar diversas políticas públicas e identificamos que, para o trigo, a competitividade está também fundamentada em entender esses custos nos diferentes sistemas de produção".
O próximo passo é consolidar os dados coletados pelo Campo Futuro da safra 2023 de trigo que terminaram em agosto e consolidar a primeira fase do projeto, que tem por objetivo evidenciar os elementos para a tomada de decisão e os principais gargalos limitadores de produtividade e competitividade da triticultura nacional.