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CNA e FAO debatem COP 30 e sustentabilidade do agro brasileiro
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Representantes da organização visitaram a sede da entidade, na quarta (19)

19 de março 2025
Por CNA

Brasília (19/03/2025) – O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, recebeu, na quarta (19), a visita do diretor do Escritório de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Kaveh Zahedi.

Participaram da reunião o representante da FAO no Brasil, Jorge Mezza, e o assistente Gustavo Chianca, o pesquisador e oficial sênior de recursos naturais da FAO, Martial Bernoux, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, e a assessora de Relações Internacionais, Elena Castellani.

Eles discutiram, entre outros temas, o posicionamento do setor agropecuário brasileiro na Conferência do Clima (COP 30), que será realizada em novembro, em Belém (PA), e as práticas sustentáveis adotadas pelos produtores rurais para contribuir com a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Kaveh Zahedi demonstrou interesse em conhecer as soluções e projetos sustentáveis, desenvolvidos pelo Sistema CNA/Senar para todos os produtores rurais brasileiros, e destacou a importância da COP 30 para mudar algumas narrativas erradas sobre o Brasil.

Para Muni Lourenço, a COP 30 é uma oportunidade de combater a desinformação sobre o país. “Nós temos diversos instrumentos que comprovam a sustentabilidade da produção rural, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que traz um ‘raio X’ da propriedade rural, e o Código Florestal, que é a legislação ambiental mais rigorosa do mundo, entre outros”, disse.

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Durante o encontro, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, falou sobre o trabalho do Sistema na transferência de tecnologia do campo. “A tecnologia precisa ganhar escala para chegar até o produtor. O plantio direto, por exemplo, já é algo usado há muitos anos e que contribui significativamente para o meio ambiente. Hoje, 70% da agricultura brasileira é feita por plantio direto”.

Nelson também falou sobre a necessidade da análise do CAR para trazer mais transparência para a produção de alimentos no país e também para garantir o acesso do produtor rural a melhores taxas de juros do crédito rural.

Na reunião, a CNA e a FAO discutiram ainda o papel do agro brasileiro no exterior dentro do contexto climático e as boas práticas adotadas e o compromisso do setor com as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).

A assessora de Relações Internacionais, Elena Castellani, ressaltou que o atual momento geopolítico mundial é desafiador, uma vez que a narrativa sobre mudanças climáticas tem sido colocada à prova. Nesse contexto, ela explicou que o Brasil precisa trabalhar para mostrar ainda mais as ações dos produtores, que já fazem uma agricultura sustentável há anos.

Por fim, o vice-presidente da CNA, Muni Lourenço, afirmou que espera que a partir da COP 30, tenhamos ações efetivas e concretas para o enfrentamento das mudanças climáticas, principalmente para melhorar os índices socias e econômicos da região amazônica. “A Amazônia não é só floresta, existem mais de 30 milhões de pessoas vivendo lá, que precisam de emprego e renda”.

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