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CNA, IBDA e CVM promovem workshop Agro e o Mercado de Capitais
Evento foi realizado na quinta (5), em Brasília
Brasília (05/09/2024) – A CNA, o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) promoveram, na quinta (5), o wokshop “Agro e o Mercado de Capitais” para debater desafios e oportunidades do mercado privado de crédito e as novas fontes de financiamento para o setor.
O evento teve o apoio da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), da bolsa de valores B3, da corretora Nova Futura Investimentos e da Serasa Experian.
Na abertura do encontro, o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, destacou o avanço do agro nos últimos anos, em função da ciência e tecnologia, empreendedorismo e tropicalização dos solos, e disse que o crédito rural subsidiado não tem acompanhado essa evolução.
“Toda essa transformação só acontece com recursos e investimentos. Então o mercado financeiro privado e as novas fontes de financiamento são uma alternativa para o produtor, seja pequeno ou grande, e precisamos colocar ele em contato com esse ambiente e avançar de forma mais rápida nessa sinergia”, disse.
Em seguida, o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Arnaldo Jardim, afirmou que o agro, um setor dinâmico e com novos métodos de produção, tem mostrado maturidade e consistência ao buscar novas fontes de financiamento. “O setor é moderno e inovador e precisa dialogar com o mercado”.
O parlamentar também falou sobre a importância de difundir o avanço de novos instrumentos financeiros e também sobre o aumento de recursos do seguro rural, diante das mudanças climáticas. “A área agrícola segurada com o programa de subvenção do governo chega a 8% e não podemos conviver com esse clima sem um ‘paraquedas’ eficiente”.
Para a superintendente de Relacionamento com Clientes da B3, Fabiana Perobelli, os riscos e incertezas fazem parte de toda atividade empresarial e o agro não é uma exceção. “A aproximação entre mercado financeiro e os produtores vai permitir um novo nível de previsibilidade e segurança para os negócios desse setor, que é referência mundial em eficiência, inovação e produtividade”.
Segundo Fabiana, a Cédula de Produto Rural (CPR) é um importante instrumento de crédito e tem se consolidado no mercado. “A CPR registrada na B3 pode ser utilizada como lastro para operações no mercado de capitais de CRAs, CDCA e Fiagro, aumentando as possiblidades de funding para o agro. Esses registros trazem segurança e transparência tanto para o mercado, quanto para os produtores”.
Durante a abertura do workshop, o sócio fundador da Nova Futura Investimentos, Joaquim da Silva Ferreira, disse que a entrada do agronegócio no mercado de capitais é extremamente importante e necessária. “O setor carece de mais recursos e possibilidades e uma forma mais fácil de entrar nesse mercado é pelas bolsas e corretoras como a Nova Futura”.
Joaquim também informou que a corretora está à disposição dos produtores e outros agentes que tenham interesse em aprender sobre o mercado de capitais. “Temos cursos gratuitos, oportunidades e relatórios como forma de contribuir com àqueles que ainda não acessaram esse mercado”.
Em sua fala, o diretor de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, destacou que existe um mercado muito maior do que tem sido enxergado hoje, com oportunidades de acelerar o crescimento das exportações brasileiras. Marcelo acredita que a empresa tem um papel relevante em prover informações de análise de crédito que ajudam a fazer avaliações de risco no mercado financeiro.
“A gente acredita que tem um papel muito relevante em ajudar o agro brasileiro a fazer mais negócios, principalmente com mercados protecionistas e construir relatórios e análises de risco para que os investidores possam avaliar seus investimentos e o crédito de maneira geral”, explicou Pimenta.
Após a abertura do workshop, o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, falou sobre o mercado de capitais do agro. “Com a atuação conjunta da iniciativa privada e do poder público em todas as suas dimensões, podemos construir um Brasil que gera oportunidade de captação de recursos pelo agro, por meio do mercado de capitais, com valor mais barato do que a captação no mercado financeiro tradicional”.
De acordo com João, é fundamental aproximar o campo do mercado de capitais e simplificar a mensagem para uma linguagem mais acessível. Nesse sentido, segundo o presidente, o Fiagro tem relevância por ser um instrumento que permite uma abordagem mais simplificada para aumentar a disponibilização de capital ao produtor.
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Veja a fala completa do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi: