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CNA participa do lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034
08 11 Eduarda

Durante a semana a Confederação também esteve presente em workshop da Embrapa

8 de novembro 2024
Por CNA

Brasília (08/11/2024) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil participou, na sexta (8), do lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034, em Brasília (DF). O evento foi realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Representando a CNA, participou do evento a assessora técnica Eduarda Lee. O encontro contou com a presença de autoridades, especialistas e representantes de entidades ligadas ao setor no país.

Durante a ocasião, foram assinadas as portarias de abertura da consulta pública e de governança da elaboração do Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE), além da apresentação dos principais pontos do PDE 2034, abordado junto ao Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética (Concepe), do qual a CNA faz parte.

O PDE traz as perspectivas de expansão da energia, destrinchando oferta e demanda em diversos setores em um horizonte de dez anos, incluindo a participação crescente dos biocombustíveis na matriz energética do país, além de explorar oportunidades e gargalos, como infraestrutura e avanço de tecnologias.

Biocombustível - Na quinta (7), a CNA também participou do workshop “Potencial da macaúba para o desenvolvimento do Distrito Federal e entorno”, promovido pela Embrapa Agroenergia, em Brasília (DF).

A assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, esteve presente no workshop, que contou com a presença de especialistas, acadêmicos, representantes do setor produtivo e da indústria, gestores públicos e produtores rurais.

O encontro tratou dos aspectos da produção agrícola da macaúba, que tem potencial para expandir em sistemas de cultivo, inclusive associado a outras culturas, como café, mandioca e sistemas agrosilvipastoris, em diversas regiões do país, principalmente onde há menores índices ou irregularidade pluviométrica, dada a resistência da planta.

Segundo especialistas, a macaúba tem potencial para render cerca de 4.000 L de óleo vegetal por hectare. Hoje se tem bons materiais, que todavia ainda são propagados por semente, e muitos esforços estão sendo feitos para que se obtenha materiais via clonagem com escalabilidade.

Também foram apresentados mercados atuais e futuros da espécie, para além do extrativismo e comércio local, como as indústrias alimentícia e cosmética, bem como utilização na produção de biocombustíveis, como o combustível sustentável de aviação (SAF). Ainda, com seus resíduos (folhas e endocarpo) é possível gerar energia via biomassa), além de aproveitar as cinzas desse processo para fins de fertilidade do solo por meio de biochar.

Segundo Eduarda, além disso, foram tratadas as oportunidades do cultivo da macaúba para atendimento às legislações ambientais, para fins de recomposição de vegetação por exemplo, e as contribuições da Inteligência Artificial como ferramenta para sua cadeia produtiva.

O software MacaúbaView, desenvolvido pela Embrapa, possibilita identificar, contabilizar e classificar as plantas, e melhorias estão sendo feitas visando estimativas de produção mais aguçadas, mensuração de sequestro de carbono, monitoramento de saúde das plantas, dentre outros parâmetros.