CNA realiza painéis do Campo Futuro em GO, DF, MT e PB
Objetivo foi levantar custos de produção de grãos e cana-de-açúcar
Brasília (16/06/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) levantou nesta semana os custos de produção de grãos e cana-de-açúcar em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Paraíba, como parte das ações do Projeto Campo Futuro.
Os painéis para coletar as informações sobre a realidade produtiva das regiões contaram com a participação de produtores rurais, representantes de sindicatos, federações estaduais de agricultura, cooperativas, Pecege e Cepea. A referência á uma propriedade típica local.
Grãos – Os painéis de custos de produção foram de soja, milho, feijão e trigo em Goiás e no Distrito Federal. Na terça (13) e na quarta (14), o levantamento aconteceu em Rio Verde (GO) e Cristalina (GO) para soja, milho, feijão e trigo.
Na quinta (15), o levantamento ocorreu no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF) para soja (irrigada e sequeiro), milho (irrigado e sequeiro), feijão e trigo irrigado.
Os levantamentos apontaram margens apertadas para as atividades, considerando que o planejamento da safra 2022/2023 foi feito de acordo com os preços das commodities ainda em patamares elevados e com os custos de produção mais caros da história.
A produtividade média da soja variou de 63 sacas por hectare em Cristalina a 70 sacas/ha em Rio Verde. De forma geral, a cultura sofreu com a falta de luminosidade e seca em alguns períodos. Em Cristalina (sequeiro) e no PAD-DF (irrigado) foram colhidas 180 scs/ha de milho verão.
Para o milho 2ª safra, 155 scs/ha (irrigado) e 80 scs/ha (sequeiro) foram colhidos no PAD-DF e em Cristalina, respectivamente. Para Rio Verde, a produtividade foi de 110 scs/ha (sequeiro). O feijão das águas apresentou bom desenvolvimento, com produtividade em torno de 40 scs/ha em Cristalina e no PAD-DF.
Por outro lado, os insumos pesaram nos custos de produção, principalmente para os fertilizantes e defensivos agrícolas. Em Rio Verde, os fertilizantes para a soja subiram 52%, enquanto em Cristalina esse aumento foi de 166% para o milho 2ª safra. Os gastos com fungicidas para a soja em Cristalina subiram 200%. O gasto com herbicidas para o milho 2ª safra em Cristalina aumentou 120%.
Cana-de-açúcar – Na segunda (12), a reunião foi virtual com produtores de cana de Nova Olímpia (MT). Os participantes definiram uma propriedade modal que conta com 1500 hectares de produção, sendo 900 ha de área própria e outros 600 há de área arrendada.
A produtividade média da região é de cerca de 71 toneladas por hectare e qualidade da matéria-prima de 138 quilogramas de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana. Pelas informações preliminares coletadas, na safra 2023/2024, os itens mais onerosos da atividade devem ser insumos, maquinário e arrendamento.
Já na sexta (16), os custos de produção foram levantados de forma presencial em João Pessoa (PB). Na região, a propriedade típica possui cerca de 100 hectares, com cinco cortes por ciclo produtivo e com produtividade média de 60 t/há, incremento de mais de 40% em decorrência das melhores condições climáticas da safra 2022/2023 em relação à safra anterior.
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