CNA realiza seminário “Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris”
Evento foi realizado online nesta terça-feira (18)
Brasília (18/10/22) – O seminário online “Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris”, promovido pela CNA, apresentou, na terça (18), dois painéis com os temas “A agricultura no âmbito do Acordo de Paris (trabalho conjunto de Koronívia)” e o “Cenário internacional dos compromissos ambientais e a segurança alimentar”.
O seminário fez parte dos eventos preparatórios da CNA para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), que será realizada de 6 a 18 de novembro, no Egito, e reunirá representantes de todas as nações para debater as mudanças climáticas e o Acordo de Paris.
O evento completo está no Youtube do Sistema CNA/Senar .
O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço, afirmou que a Confederação tem intensificado a inserção da pauta da sustentabilidade como uma das prioridades absolutas da casa na defesa dos interesses da agropecuária brasileira.
Lourenço frisou a importância do documento com as proposições do setor agropecuário que será levado à COP-27, construído em conjunto com as federações estaduais de agricultura e pecuária, sindicatos e produtores rurais, e entregue ao governo durante o evento.
“Mostraremos ao mundo, mais uma vez, que a agropecuária brasileira é parte da solução para questões climáticas de sustentabilidade ambiental. Vamos reiterar, no Egito, o compromisso e o censo de consciência do produtor rural brasileiro em relação à sua contribuição para o equilíbrio climático nacional e mundial.”
Painéis - No primeiro painel, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, apresentou um panorama sobre a agricultura no âmbito das negociações climáticas e a importância da oficialização do grupo de trabalho de Koronívia para a continuidade das discussões e para o desenvolvimento do plano de ação voltado para a agricultura.
“Quando falamos em agricultura e mudança do clima, estamos vendo a agricultura como parte dessa solução. A discussão gira em torno de como equacionar a questão da segurança alimentar, ou seja, da adaptação e resiliência das cadeias produtivas garantindo a produção de alimentos com sustentabilidade, diante das vulnerabilidades que as próprias mudanças climáticas trazem para a agricultura”, destacou Morandi.
De acordo com o pesquisador, a agricultura permeia todos os itens das negociações climáticas, sendo necessário consolidar as ações efetivas que precisam ser realizadas. “Na COP-26, foi encerrado um ciclo de discussões sobre temas prioritários que foram estabelecidos em Koronívia. Já na COP-27, ocorrerá a discussão de continuação deste processo”, disse.
O segundo painel foi sobre “O cenário internacional dos compromissos ambientais e a segurança alimentar”, no qual o consultor da CNA, Rodrigo Justus, defendeu o uso das tecnologias de produção para manter a segurança alimentar no Brasil e no mundo.
Justus citou exemplos que contribuíram para a escalada mundial do preço dos alimentos como alta dos fertilizantes, pandemia, guerra da Ucrânia, aumento do custo da energia e combustíveis e o baixo investimento na produção de petróleo e derivados.
“Sofremos hoje com a oscilação do preço dos alimentos e isso tira a disponibilidade deles para diversos grupos de pessoas e países que têm problemas econômicos”, disse.
Segundo ele, a solução para a segurança alimentar depende diretamente da capacidade de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com a aplicação prática das tecnologias pelos produtores. “Não é com a redução do acesso e uso de tecnologia que vamos resolver a questão do aumento da produtividade, mas é somente a partir dela que nós teremos segurança alimentar.”
Justus reforçou que produção de alimentos e segurança alimentar são temas chave para discussão durante a COP-27. “É necessário que seja dada continuidade a um plano de adaptação dos sistemas agrícolas e que todo ou parte do financiamento dos países desenvolvidos seja utilizado para melhoria desses sistemas garantindo que o alimento seja acessível a todos.”
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