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Conab: clima adverso no Paraná puxa preço da alface em junho
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18 de julho 2017
Por CNA

Por: Estadão Conteúdo

O preço da cenoura, do tomate, da batata e da cebola registraram queda nas Centrais de Abastecimento do País em junho, em relação ao mês anterior, enquanto alface teve movimento de alta. A análise faz parte do 7º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Essas cinco hortaliças (alface, tomate, cebola, batata e cenoura) são as com maior representatividade na comercialização nas Centrais de Abastecimento e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (o IPCA).

Segundo a pesquisa da Conab, a alface foi o único item dos analisados que teve aumento em cinco mercados dos nove que constam do boletim mensal. O maior aumento da cotação da alface ocorreu na Ceasa/PR, na Grande Curitiba (92,91%). "É importante ressaltar que o expressivo aumento de preço na praça paranaense foi consequência das baixas temperaturas e de geadas ocorridas nas zonas produtoras em meados de junho", informa a Conab, no boletim. Em contrapartida, em outros entrepostos, os preços da alface desceram entre 7% e 18%. A Conab destacou também a queda de preço da batata em junho.

O decréscimo de preço foi mais expressivo Ceasa/RJ - Unidade Grande Rio (23,99%) e a menor, que pode ser considerado até estabilidade de preço, foi registrada na Ceasa/CE - Fortaleza (negativo de 0,54%). Os menores preços em junho "expressam a maior oferta de batata nos mercados atacadistas, com início da safra de inverno em municípios paulistas, bem como em vários Estados brasileiros no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste também ofertantes do tubérculo", diz a Conab.

A cebola também apresentou queda de preço, exceto nos Estados da Região Nordeste. Conforme a Conab, a pequena alta registrada nos mercados nordestinos foi provocada pela necessidade de maiores quantidades do produto de outras regiões para o complemento do abastecimento do mercado, pois a oferta da produção da própria região neste período teve diminuição. Em relação aos preços da cenoura nos mercados analisados, somente na Ceasa/GO - Goiânia a cotação teve alta (12,58%).

Nas demais Centrais de Abastecimento a queda de preços ficou entre 25,01% na CeasaMinas - Grande BH - e 7,49% em Vitória/ES, com porcentuais também significativos nos outros entrepostos. Já os preços do tomate, pelo segundo mês consecutivo, tiveram variação negativa, desta vez em todos os mercados. As quedas de preços registradas foram entre 38,53% em Goiânia/GO, a mais expressiva, e 15,35% no Rio de Janeiro/RJ. Nas demais praças todas as reduções também foram significativas, da ordem de dois dígitos.

Frutas
No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). De acordo com a Conab, o mês de junho foi marcado pela queda de preços generalizada para banana, laranja e maçã, variações pequenas para cima ou para baixo da melancia e alta do mamão. A banana apresentou queda de preços em todos os mercados por causa de uma demanda interna que não absorveu toda produção. Isso levou vários bananicultores a procurarem o mercado externo. Segundo a Conab, a melancia mostrou queda da oferta em todos os entrepostos - à exceção da alta na Ceasa/GO, em virtude da entressafra em vários polos produtores.

Já a laranja apresentou queda de preços em todos os mercados em meio à combinação de bom abastecimento e demanda fraca no varejo. O mamão apresentou alta de preços em todos os mercados, à exceção da Ceasa/DF, e queda nas quantidades comercializadas, com a redução da produção.

A maçã continua com boa oferta nos mercados, conforme a Conab, mas apresentando leve redução no cômputo geral, após o escoamento da grande safra da maçã fuji e o armazenamento da variante gala. A estatal informou, ainda, que o volume de exportação de frutas acumulado no Brasil em 2017 até o mês de junho foi 5,81% maior em relação ao mesmo período de 2016, e o valor em dólar aumentou 9,85%. Mamão, melancia e maçã apresentaram aumento dos embarques em relação ao ano anterior, e a banana e a laranja registraram queda no volume embarcado.