COP 30: Sistema CNA/Senar promove debates sobre segurança alimentar

Discussões reuniram representantes de diversos países, na terça (18)

Por CNA 18 de novembro 2025
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Belém (18/11/2015) - A segurança alimentar foi o tema central dos debates promovidos pelo Sistema CNA/Senar, na terça (18), no Pavilhão AgroBrasil, na Agrizone.

O primeiro painel do dia discutiu produção, distribuição e acesso a alimentos, apresentando dados sobre a situação atual e as desigualdades globais. Participaram o secretário-geral da WFO, Andrea Porro, e a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Mariana Aragão.

Para Mariana Aragão, não há sustentabilidade sem rentabilidade. Ela ressaltou que é preciso analisar o setor considerando se as políticas públicas realmente contribuem para a qualidade de vida e para a viabilidade econômica dos produtores rurais.

Primeiro painel do dia debateu distribuição, produção e acesso a alimentos Primeiro painel do dia debateu distribuição, produção e acesso a alimentos

Já Andrea Porro reforçou a importância do equilíbrio entre os três pilares – econômico, social e ambiental – e lembrou que investimentos governamentais e pesquisas tecnológicas são fundamentais para garantir a segurança alimentar global.

Moderador do debate, o vice-presidente da Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, destacou que, embora o agronegócio brasileiro tenha avançado rapidamente, ainda enfrenta desafios estruturais “da porteira para fora”, na etapa da distribuição.

Tendências - O segundo painel abordou o crescimento populacional, o aumento da demanda por alimentos, as tendências globais e alternativas para enfrentar esses desafios.

Participaram o coordenador de cooperação institucional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Venâncio e a representante da Federação Nacional de Agricultores do Quênia (KENAFF), Lily Tanui, com moderação de Ceris Jones, da Farmers Constituency.

Venâncio destacou que a erradicação da fome mundial é um desafio complexo, mas iniciativas como o Fome Zero e o Plano ABC de agricultura de baixo carbono apontam caminhos promissores. Segundo ele, os avanços dependem da união de esforços entre diferentes entidades e da adoção de tecnologias ajustadas às realidades regionais.

Lily Tanui reforçou o papel crucial da tecnologia e do investimento em pequenos produtores como aliados essenciais na produção de alimentos e no combate à fome.

Exportação – O terceiro painel abordou os sistemas alimentares globais e a contribuição dos países exportadores, com foco em cadeias prioritárias. Participaram Hugo Chiavarría, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), e Macaulay Jones, da entidade representante de carne bovina e ovina da Nova Zelândia, sob mediação de Luisa Volpe, da WFO.

Chiavarría destacou que as exigências sobre a agricultura são cada vez maiores, mas que a análise do cenário global exige a participação de todos os atores envolvidos, e não apenas do setor agrícola.

Jones falou da produção de alimentos na Nova Zelândia e que os países precisam concentrar sua produção naqueles produtos para os quais são vocacionados, sem obrigatoriedade de replicar modelos de outras regiões.

Oportunidades - O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, fez a mediação do último painel que discutiu comércio internacional, acordos, barreiras, cenário geopolítico e oportunidades.

Participaram Marian Schuegraf, embaixadora da União Europeia no Brasil e Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Marian ressaltou que o acordo entre União Europeia e Mercosul apresenta avanços importantes, entre eles o retorno do pré-listing para a importação de aves e ovos do Brasil, autorizado pela UE na segunda-feira (17).

Para Luís Rua, além dos benefícios econômicos, os acordos comerciais trazem ganhos institucionais e reforçam a importância do diálogo e do entendimento entre os países.

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