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Minas Gerais

Cursos do SENAR MINAS impulsionam negócios de mulheres no campo

1 de junho 2021

Por: SENAR MINAS

Ex-alunas dos cursos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, em Grão Mogol, são o exemplo de como os treinamentos proporcionam dinamismo, geração de renda e melhora a qualidade de vida. O curso de Produção Artesanal de Alimentos impulsionou Ivony Cristhiany Pereira de Pinho e Leolina Aparecida Esteves Ruas a empreenderem com a fabricação caseira de polpas de frutas e quitandas.

Casada e com três filhos, a agricultora Leolina Aparecida tira o sustento da família da fazenda Pontilhão. Com dificuldade no cultivo da lavoura por conta da falta de chuva na região, ela estava em busca de uma nova fonte de renda. E foi no curso que Lio, como é conhecida, descobriu que a fabricação de polpa de frutas poderia ser a chave. Ela aproveita as frutas que tem no próprio quintal e compra outras que não tem em casa. “Faço poupas com frutas da época: coquinho azedo, maracujá, acerola, goiaba, cajá, tamarindo, manga, laranja com mamão”, exemplificou. A família também planta milho feijão, mandioca, verduras e cana de açúcar na propriedade.

Cursos do SENAR MINAS impulsionam negócios de mulheres no campo

Leolina Aparecida tira parte do sustento da família das polpas que aprendeu a fabricar

O curso foi uma demanda de dez mulheres que queriam ter independência financeira. A instrutora Luciana Godinho ensinou técnicas de boas práticas de fabricação, sanitização correta dos utensílios, higienização das frutas para evitar contaminação, branqueamento para manter a polpa com a cor mais forte. Temas como pesagem, despolpamento, filtragem e embalagem também fizeram parte do treinamento. As alunas ainda aprenderam que é importante a polpa ser não fermentada nem diluída para evitar sabor putrefativo.

Lio vende as polpas por R$ 2,50 na feira de agricultores familiares, que ocupa o Centro da cidade, e aceita encomendas. Antes da pandemia chegava a vender até 150 polpas; hoje, entre 50 e 80. Foi com o dinheiro das vendas que conseguiu comprar um freezer para armazenar o produto.

Pousada Jequitibá Rosa

Há seis anos, o casal Ivony Cristhiany e João Francisco de Pinho, atual presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Grão Mogol, transformou a propriedade em um receptivo rural, iniciado com o programa turismo solidário, mas, tempos depois, eles suspenderam as atividades. Em 2019, após participar de uma formatura do Programa Agente de Turismo Rural, do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, ela e o marido decidiram retomar a hospedagem e transformaram a casa em uma pousada.

Ivony passou a fazer vários cursos do Sistema e percebeu que, para ter um retorno financeiro maior, ela precisaria parar de comprar as quitandas da vizinhança e produzir ela própria a alimentação para a pousada. “Faço minhas quitandas: bolos, biscoitos, roscas. Sirvo no café da manhã e da tarde quando tem hóspede e, no dia a dia, pois a pousada é a minha casa”, contou.

Agora, ela aproveita melhor ingredientes produzidos no próprio sítio, como manteiga, leite e ovos, e também faz polpas com as frutas que tem no quintal. “Os cursos me deram mais gosto para transformar a propriedade em uma pousada rural. A ideia é usar o que tem na roça para gerar renda. Vejo como uma forma de ganho muito boa, mas tem muita gente que não sabe aproveitar. Quero fazer mais cursos já que estou no caminho do empreendedorismo. Quero usar o leite aqui de casa para fazer outros produtos e aproveitar mais o que produzimos”.

Para o mobilizador do Sindicato Rural de Grão Mogol, Geraldo Andrade, os cursos e programas do Sistema FAEMG/SENAR/INAES prezam pela relevância, qualidade e parceria, pilares essenciais ao homem do campo. “Os resultados são muito satisfatórios. Temos vários casos de sucesso, e isso é muito bom! A gente vê produtores e trabalhadores satisfeitos, mesmo em uma época tão difícil”.

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