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Paraná

Delegação da Faep participa da audiência pública sobre umidade da soja em Brasília
UMIDADE DA SOJA DEP SERGIO SOUZA FOTO RAYAN RIBEIRO 21

Lideranças do Paraná, único Estado presente, defenderam a manutenção do índice de 14% para classificação da oleaginosa

14 de dezembro 2023

Por: Comunicação Sistema Faep/Senar-PR

Fonte: Comunicação Sistema Faep/Senar-PR

A Faep mobilizou, nesta quarta-feira (13), uma delegação composta por dezenas de representantes da classe rural, entre produtores integrantes da Comissão Técnica (CT) de Cereais, Fibras e Oleaginosas, presidentes de sindicatos rurais e técnicos do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da entidade, para participar de audiência pública, em Brasília, proposta pelo deputado federal Sergio Souza, para discutir a redução do teor da umidade da soja. A FAEP é contrária à redução do percentual de 14% para 13% de umidade para classificação da oleaginosa. O Paraná foi o único Estado presente na audiência pública.

Deputado federal Sergio Souza, responsável por propor a audiência pública

No dia 25 de outubro, a FAEP já tinha se manifestado oficialmente contra a redução do índice de umidade da soja em ofício encaminhado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deputados federais e senadores do Paraná. Na reunião da CT de Cereais, Fibras e Oleaginosas, em 20 de novembro, produtores paranaenses reforçaram o posicionamento contrário à medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) .

A mudança da norma, segundo o Mapa, seria necessária para atender a um novo padrão exigido pela China. Na avaliação da Faep, a redução do teor de umidade poderia reduzir a competitividade internacional do Brasil, além de onerar o setor produtivo.

“O produtor é o primeiro a perder com a redução da umidade para 13%. Não vamos aceitar essa alteração, pois não podemos absorver esse prejuízo. O produtor terá pelo menos 1,15% a menos de produto para vender, impactando diretamente na sua receita”, destacou, durante a audiência pública, o presidente da CT de Grãos da Faep, José Antonio Borghi.

Borghi, presidente da CT de Grãos da FAEP, durante a audiência pública

Defesa do setor

O Brasil já adota o padrão de 14% da umidade desde o início do plantio de soja e a alteração desse teor impactaria no peso dos grãos, consequentemente, reduzindo a renda dos produtores. Além disso, a FAEP argumenta que soja já sai dos portos brasileiros com umidade menor que 13%. Portanto, o padrão atual de 14% não prejudica a competitividade da soja brasileira.

O setor produtivo também defende que a mudança exigiria adaptações para o controle da umidade no processo de armazenamento, que implicam aumentos expressivos nos custos de produção. O agricultor que não possui estrutura de armazenagem e secagem, ao mandar sua carga para a indústria, terá descontos ainda maiores.

Segundo levantamento realizado pela CNA, a mudança traria um prejuízo de pelo menos R$ 3,5 bilhões aos agricultores, considerando-se apenas o volume de produção da safra atual. O montante equivale a uma quebra de 1,7 bilhão de toneladas de soja. A Confederação diz que está aberta ao diálogo e continuará defendendo a manutenção do teor de umidade da soja de 14% ou uma compensação financeira justa para o produtor rural aceitar a alteração.

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