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Dia de Campo é marcado por conhecimento e troca de experiência sobre pastagens de inverno em Vargem Bonita
A iniciativa foi do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural local
Por: MB COMUNICAÇÃO
Fonte: MB COMUNICAÇÃO
Um cenário que encanta pelo verde intenso da natureza, pelo canto dos pássaros e pela alta produtividade nas áreas de ovinocultura e bovinocultura, ambas de corte, bem como na avicultura. Assim pode ser descrita a propriedade de Wanderlei Cazella, situada em Vargem Bonita, meio oeste catarinense, onde ocorreu o Dia de Campo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), na última semana (16/09). A iniciativa foi do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural local.
O Dia de Campo reuniu cerca de 160 pessoas entre produtores que participam da ATeG nas áreas de pecuária de leite, corte e ovinocaprinocultura, organizadores e lideranças. A programação iniciou com a participação do vice-presidente regional da Faesc no meio oeste, assessor jurídico da entidade e presidente do Sindicato Rural de Joaçaba, Clemerson Pedrozo, do presidente do Sindicato Rural de Catanduvas, Diomar Begnini, e do presidente do Sindicato Rural de Água Doce, Newton Luiz Bedin.
As atividades foram organizadas e conduzidas pelo o supervisor regional do Senar/SC, Jeam Palavro, pelo supervisor técnico da ATeG, Fernando da Silveira , pelo técnico de campo da ATeG, Tiago Cazella , e demais técnicos da área de bovinocultura (corte e leite) e ovinocultura (corte) do oeste e meio oeste.
O foco, segundo Jeam Palavro, foi trabalhar pastagens anuais de inverno, manejo de solo, cultivares de aveia, azevém, centeio e trigo, além de manejo e instalação de cerca elétrica, estratégias de instalação, pastagens perenes de trevo, dátilos e festuca. O intuito foi aproximar os produtores e mostrar algumas ferramentas de trabalho que podem ser utilizadas em cada propriedade de acordo com a necessidade individual.
Segundo Fernando , o Campo Demonstrativo apresentou seis cultivares de aveia, sete de azevém, uma cultivar de centeio e uma de trigo, além de duas cultivares de nicks de cobertura. “A ideia foi mostrar aos produtores alguns dos materiais disponíveis no mercado hoje, os posicionamentos desses materiais, quais se encaixariam em suas propriedades fazendo um link com o manejo das pastagens e com a adubação para aumentar a produtividade e a lucratividade”, explica Fernando.
Como uma das dificuldades relatadas pelos técnicos é o piqueteamento e a construção de cerca elétrica, o Senar/SC levou para o evento um protótipo para esclarecer dúvidas sobre funcionamento, construção, aterramento e para mostrar como utilizar na divisão de piquetes para facilitar e otimizar a produção de pastos nas propriedades. “Trouxemos também um eletrificador solar, pois alguns produtores têm dificuldade em levar eletrificação para sua propriedade e essa é uma alternativa que pode ser utilizada”, detalhou o supervisor técnico.
A programação também oportunizou discutir sobre pastagens perenes. A propriedade conta com dactylis, trevo e festuca e, por ser uma região de altitude maior com temperatura um pouco mais baixa, consegue cobrir muito do vazio forrageiro existente em alguns meses do ano. “Foi um momento importante para os produtores ampliarem conhecimentos e trocarem experiências para aplicar nas propriedades, visando lucratividade, produtividade e rentabilidade”, finaliza Fernando.
ATEG
A Assistência Técnica e Gerencial do Senar/SC vem contribuindo significativamente para promover inovações no campo e fortalecer o empreendedorismo rural. A qualificação oferece ao produtor um modelo de adequação tecnológica associada à consultoria gerencial, que prioriza a gestão da atividade de forma eficiente e permite alcançar mudanças efetivas no ambiente das empresas rurais.
Com duração de dois anos, a metodologia é aplicada em cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional complementar e avaliação sistemática dos resultados. Os produtores assistidos recebem a visita do técnico uma vês por mês, além de acompanhamento contínuo a distância. “As nossas metas são buscar a eficiência e a eficácia para elevar a renda e a produtividade dos produtores, elaborar o planejamento estratégico das propriedades e capacitar os trabalhadores para o empreendedorismo e a gestão dos negócios”, sublinha o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antonio Zanluchi.
A coordenadora da ATeG SC, Paula Coimbra Nunes, observa que, com o programa, o produtor explora novas ferramentas que potencializam o crescimento de seus negócios. “São dois anos de acompanhamento para aprimorar as técnicas e o gerenciamento, tornando a produção mais eficiente e lucrativa. As atividades são realizadas com grupos de 25 a 30 produtores organizados de acordo com a produtiva. Quem tiver interesse em participar pode entrar em contato com o Sindicato Rural de sua região”.
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo , avalia que a implementação da ATeG aliada às demais ações do Senar/SC e de outras entidades e órgãos, tornou as propriedades catarinenses em excelentes exemplos de empreendedorismo e inovação no campo. “Os significativos resultados são realidade porque o produtor está cada vez mais interessado em obter conhecimentos e porque contamos com a dedicação de eficientes equipes e excelentes parceiros em todas as áreas”.
ATEG EM NÚMEROS
Desde 2016, quando os primeiros grupos começaram a ser atendidos, o programa capacitou mais de 10.200 produtores rurais de vários segmentos em 284 municípios. Hoje, são beneficiadas 10 cadeias produtivas: agroindústria; agroindústria apícola; apicultura; bovinocultura de leite; bovinocultura de corte; fruticultura; maricultura; olericultura; ovinocultura de corte e piscicultura.
Na ovinocultura de corte foram atendidos 819 produtores, na pecuária de leite foram mais de 5.200 produtores e na pecuária de corte participaram da ATeG mais de 3.000 produtores.