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Dia do Trigo – Cereal é o segundo mais produzido no mundo
O Sistema CNA/Senar parabeniza todos os produtores que se dedicam ao cultivo do trigo no país
Brasília (10/11/2021) – O trigo é um dos cereais mais antigos cultivados pelo homem e o segundo mais produzido no mundo, atrás apenas do milho. A farinha de trigo é o ingrediente principal de diversas receitas (bolos, pães, doces, biscoitos e tortas) e seu consumo é fundamental para uma alimentação saudável e equilibrada.
O Dia do Trigo é celebrado nesta quarta, 10 de novembro, e o Sistema CNA/Senar parabeniza todos os produtores que se dedicam ao cultivo do cereal.
Por ser caracterizado como uma cultura de inverno, o trigo é produzido principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul, mas também pode se adaptar a outras regiões. O plantio do cereal no Brasil deve seguir as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura e varia de acordo com a região do país.
Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2021/2022 o Brasil deve produzir mais de 8 milhões de toneladas de trigo, volume 31,4% superior à safra 2020/21. A perspectiva de área cultivada é de 2,7 milhões de hectares, um aumento de 15,6% em relação à última safra.
De acordo com a Conab, a colheita da safra de 2021 já atingiu quase 69% da área total até o dia 6 de novembro. No Paraná, a área colhida já ultrapassa os 84%. “Os rendimentos obtidos estão variando de acordo com o nível tecnológico e as condições climáticas nas diferentes regiões produtoras durante o ciclo de desenvolvimento”, disse a entidade.
O coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva, explicou que as ferramentas de gestão de risco da atividade agropecuária, como o seguro rural, estão cada vez mais importantes para culturas como o trigo.
Diante do cenário vivenciado em 2021, o coordenador afirmou que tornam ainda mais fundamentais os aprimoramentos na amenização de prejuízos na lavoura por adversidades climáticas e mercadológicas.
Veja o depoimento de produtores de trigo:
MYLTON CASAROLI JÚNIOR
Londrina – Paraná
A família de Mylton está na atividade agrícola desde 1940. Sempre plantou soja e milho e o trigo no período da safrinha a depender do mercado internacional. “Todo início de ano, nós analisamos a situação nos países concorrentes para saber qual cultura plantar na safrinha”.
Segundo Casaroli, Londrina está em uma zona de transição climática e frequentemente é atingida por geadas. A depender do ano, a família prefere fazer rotação de culturas com aveia e trigo. “Neste ano o mercado de trigo estava com preço e relação de troca com insumos muito bons. Mesmo com os problemas de geada, conseguimos pagar as contas e obter lucro. Chegamos a vender a saca de 60 quilos por R$ 90. Esse ano foi o melhor em termos de rentabilidade”.
O produtor destacou que todo ano investe em alguma tecnologia na propriedade. “Estamos fazendo o dever de casa. A gente investe no solo para receber a semente e ter uma mudança no microambiente. Também usamos adubos e maquinário moderno”.
PAULO ROBERTO VARGAS
Carazinho – Rio Grande do Sul
Paulo Roberto iniciou o plantio de trigo no ano de 2003, mas o cereal já fazia parte das culturas cultivadas pelo seu avô.
“O trigo é um investimento de inverno que proporciona rentabilidade, cobertura de solo e adubação de inverno que tem rentabilidade por área. A triticultura sempre nos ajudou a pagar despesas de água e energia que são fixas durante o inverno e ainda sobram recursos para a safra de verão”.
Paulo explicou que com a aplicação correta de todas as técnicas, ele tem conseguido boa produtividade e rentabilidade com o trigo. “É uma cultura que tem proporcionado sempre melhores condições de vida para a minha família e para os funcionários”.
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