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Em audiência pública, Famasul evidencia importância do produtor para preservação do Pantanal
Realizada na ALMS, audiência pública debateu sobre aspectos sociais e econômicos no bioma, que é o mais preservado do país.
Por: Assessoria de Comunicação Sistema Famasul – Camilla Jovê
O diretor-executivo da Famasul e superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, participou da audiência pública "O Pantanal é Nosso”, realizada na manhã desta sexta-feira (1), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Na presença de diversos produtores rurais e instituições ligadas ao agro, o debate exaltou a importância de mulheres e homens pantaneiros para a preservação do bioma.
“Esse espaço é uma importante oportunidade para difundir a real situação do Pantanal, não só na conjuntura ambiental, mas nos quesitos sociais e econômicos”, ressaltou o diretor-executivo.
Na ocasião, Lucas Galvan apresentou dados técnicos que defendem a atuação do produtor rural no bioma, a partir de um embasamento histórico de quase 300 anos, evidenciando as boas práticas do agro e respeito ao meio ambiente.
“Não podemos desconsiderar toda história da colonização na região, de pessoas que fazem o bioma ser o mais preservado do país. Essa população é o quesito mais importante e está sendo deixado de lado em muitas discussões”, lembrou Galvan.
Segundo dados do IBGE, 87,5% do Pantanal possui vegetação nativa, sendo 90% da área de iniciativas privadas. E de acordo com levantamento do ICMbio, a arara azul, por exemplo, entrou e extinção em 1980 e saiu da lista em 2014.
“De todas as espécies que integram a fauna pantaneira, 93,7% não são preocupantes para extinção, porque o bioma em que vivem é propício para o seu desenvolvimento. Se estivéssemos fazendo tudo errado, não teríamos essa conquista.”, destacou.
O proponente da pauta, deputado estadual Rafael Tavares, falou sobre a preocupação de interferências internacionais. “Não queremos permitir que organizações externas cheguem ao Pantanal determinando como ele deve ser preservado. O pantaneiro já tem esse cuidado e não precisamos de interferência para cuidar do que é hoje o Mato Grosso do Sul”, explicou o deputado.
Estiveram presentes os presidentes de sindicatos rurais Renê Miranda Alves, de São Gabriel do Oeste; Massao Ohata, de Miranda e Bodoquena; Romeu Barbosa de Souza, de Porto Murtinho; e o vice-presidente do Sindicato de Corumbá, Luciano Leite.
Também participaram da audiência pública autoridades da Embrapa, ABPO, Novilho Preoce/MS, Acrissul e outras instituições ligadas ao agro.