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Experiência do Brasil no agronegócio serve de modelo para África
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24 de novembro 2017
Por CNA

Por: O povo online

Responsável por metade das exportações brasileiras, o agronegócio do País tem inspirado políticos e investidores da África. O setor representa 23% do PIB e continua a crescer, mesmo diante das crises política e econômica. O Brasil, que costuma ser comprador de tecnologias de países desenvolvidos, assume o papel de exportador de inovação nas relações bilaterais e comerciais com africanos.

Na 5ª edição do Fórum Brasil África, que acontece em São Paulo neste ano, pesquisadores, empresários e líderes fazem intercâmbio de informações e procuram novas plataformas de investimento. “Nós celebramos a Embrapa, o sucesso da Embrapa. É um modelo a ser seguido”, diz Yemi Akinbamijo, diretor-executivo do Fórum para Pesquisa em Agricultura na África (FARA, sigla em inglês).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária brasileira cresceu 15,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2016, e 13,4% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Os bons resultados também servem para atrair investimentos e programas.

Similaridades

Somente no Ceará, o Fundo Internacional e Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas (FIDA), em parceria com o governo, investiu R$ 300 milhões em programa no semiárido.“É um programa de seis anos e, em dezembro, iremos passar duas semanas no Ceará para acompanhar o desenvolvimento”, diz o oficial da FIDA para América Latina, Hardi Michael.

“Há similaridades no ambiente do Brasil e da África, cenários do Brasil de 30 anos atrás, hoje se encontram na África e temos a oportunidade de implantar tecnologias lá. O clima é parecido. O Brasil já encontrou algumas respostas. Por exemplo, o Cerrado brasileiro é parecido com a savana africana e conseguiu produzir grãos”, diz o presidente do Instituto Brasil África, Bosco Monte.

O chefe da secretaria de relações internacionais da Embrapa, Alexandre Morais, destaca que o investimento em pesquisa e parcerias com outras instituições são pilares que contribuem para a melhora na tecnologia agrícola brasileira. “Quando foi fundada, 44 anos atrás, a Embrapa contratou gente jovem e enviou para estudar no exterior. Eles voltaram e começaram a desenvolver pesquisas aqui”, lembra.

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