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Paraná

Exportação pelos portos do Paraná registra recorde em 2020
Porto Paranagua

Movimentação atingiu recorde de 57,3 milhões de toneladas, com destaque para a soja, açúcar, farelos e carnes

18 de fevereiro 2021

Os portos de Paranaguá e Antonina registraram nova marca história na movimentação de mercadorias, consolidando 2020 como o melhor ano das exportações paranaenses. Foram 57,3 milhões de toneladas movimentadas – 8% a mais que em 2019 (53,2 milhões). Dos produtos exportados, a soja foi o carro-chefe, com 14,3 milhões de toneladas e crescimento de 27% ante 2019 (11,3 milhões). Os dados foram divulgados no relatório gerencial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Na avaliação do consultor de logística da FAEP, Nilson Hanke Camargo, o recorde atingido comprova a competência dos portos paranaenses, com alto nível técnico na capacidade operacional e excelência em gestão. “Esse resultado denota a competência dos portos em conseguirem movimentar toda essa cadeia, mesmo em um ano de pandemia, e tendo em vista que os investimentos ainda são aquém do necessário ao considerar uma movimentação tão grande”, afirma.

Da carga movimentada em 2020, 65% foram de granéis sólidos (26,5 milhões de toneladas). A embarcações de soja correspondem a 54% deste total. Na sequência, estão os farelos (22%); açúcar (15%); e milho (9%). No total de produtos movimentados, somando carga geral, granéis sólidos e líquidos, as exportações pelos portos paranaenses somaram 36,3 milhões de toneladas.

“Outra questão a se observar é que choveu pouco no ano passado. Os granéis não embarcam em dias de chuva, porque há risco de contaminar a produção que está sendo carregada. Então, um ano menos chuvoso colaborou para que a gente pudesse exportar mais e mais rápido”, aponta Camargo.

Além do crescimento das embarcações de soja, o açúcar também registrou alta de 61%, com 3,4 milhões de toneladas ante 2,4 milhões em 2019, e os farelos, de 11%, com 5,7 milhões de toneladas em 2020, superando as 5,2 milhões de toneladas comercializas no ano anterior.

Por outro lado, as embarcações de milho pelos portos de Paranaguá e Antonina caíram 55% – foram apenas 2,5 milhões de toneladas, em comparação às 5,7 milhões em 2019. O trigo também sofreu queda, acumulando 16 mil toneladas exportadas, 12% a menos que em 2019, com 14 mil.

Da soja embarcada pelos portos de Paranaguá e Antonina, 80% provém do Paraná (11,3 milhões de toneladas), do farelo de soja, 59% (2,9 milhões de toneladas), e do milho, 79% (1,9 milhões de toneladas).

Importação

Os fertilizantes são o destaque da lista de produtos que chegaram aos portos do Estado em 2020. Foram 9,9 milhões de toneladas, crescimento de 7% em relação a 2019 (9,2 milhões). Entre as principais mercadorias importadas, que incluem cevada, malte, trigo e sal, os fertilizantes foram os únicos produtos cujas comercializações cresceram em 2020.

Geração de receita

De um total de US$ 17,27 bilhões em embarcações pelos terminais paranaenses, mais de 90% foram de produtos do agronegócio. Depois da soja, que lidera a lista com US$ 5,12 bilhões, estão as exportações de frango (US$ 2,34 bilhões), farelo de soja (US$ 1,93 bilhões), açúcar (US$ 1,34 bilhões), carne bovina (US$ 1,29 bilhões), óleo de soja (US$ 507,6 milhões), automóveis (US$ 482,3 milhões), milho (US$ 453,1 milhões), celulose (US$ 433,5 milhões) e papel (US$ 210,8 milhões).

Já as importações corresponderam a US$ 10,75 bilhões em mercadorias, somando 21 milhões de toneladas. Os principais produtos foram fertilizantes, que somaram US$ 2,46 bilhões, derivados de petróleo (US$ 1,27 bilhão) e reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (US$ 1,17 bilhão). O saldo positivo na balança comercial foi de US$ 6,52 bilhões.

Ainda segundo os dados do Ministério da Economia, a receita gerada pelas exportações pelos portos paranaenses é a terceira maior do país – US$17,27 bilhões, o que equivale a 8,2% do total (US$ 209,82 bilhões). Em relação às importações, os portos do Paraná estão na terceira posição, com US $10,75 bilhões, e respondem por 6,8% do total.