Paraíba
Faepa e Senar Paraíba realizam Dia de Campo do projeto Forrageiras para o Semiárido
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Evento reuniu 150 pessoas entre produtores rurais, técnicos, estudantes e autoridades
Por: Jocélio de Oliveira
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O Sistema Faepa Senar realizou um Dia de Campo para divulgação dos resultados parciais do projeto “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”, que estuda plantas mais resistentes ao clima e condições da região para serem oferecidas como alimentação animal.
O evento aconteceu na Unidade de Referência Tecnológica (URT) de Tenório, no Cariri paraibano, na última sexta-feira (7), e reuniu 150 pessoas entre produtores rurais, técnicos e estudantes das áreas de ciências agrárias, assim como representantes de prefeituras e outras instituições que trabalham com o meio rural.
“Um campo como esse traz muitos benefícios para região. Já temos empresas comerciais e também de pesquisas interessadas em conhecer melhor os nossos resultados. Demonstramos aqui como o plantio em consórcio pode trazer mais conforto para as plantas e animais. Os produtores precisam saber disso”, afirmou o presidente do Sistema Faepa/Senar-PB, Mário Borba.
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Mário Borba
A URT do projeto tem um hectare onde foram cultivadas diversas variedades de palma, capim, milheto, sorgo, milho e árvores leguminosas, como gliricídia e moringa, tanto de maneira solteira, como em consórcio, distribuídas em 72 parcelas.
“Pudemos mostrar que algumas plantas já estão se destacando, como os capins piatã e buffel aridus, e também a gliricídia. Até março deste ano a chuva aqui na região chegou a 475 milímetros, mas nós conseguimos fazer três cortes nas gramíneas”, explicou o técnico responsável pela unidade, Humberto Gonçalves.
Com o estudo, as instituições pretendem recomendar as melhores plantas para cultivo de acordo com a realidade de cada região semiárida, mas para isso, ainda são necessários novos testes.
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“Só tivemos um ano de coleta de dados até agora, o que só nos permite fazer inferências. Vamos continuar avaliando e verificar como as plantas vão se comportar após o período seco dos próximos meses. Será que quando as chuvas chegarem elas vão manter os níveis de produção? Essa comparação é importante para que possamos ter segurança em fazer recomendações”, explicou a assessora técnica do Instituto CNA, Ana Mera.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do Instituto CNA, e a Embrapa, que no Dia de Campo foi responsável pela demonstração do comportamento do solo em relação as técnicas de cultivo empregadas.
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Esse foi um dos pontos destacados pelo produtor rural José Odon de Macedo Torres, que acompanhou o evento junto com a esposa e a filha. A família tem uma propriedade no município vizinho, Juazeirinho, onde produz queijo e cortes finos de caprinos, mesmo com a severa estiagem dos últimos anos.
“Diante das dificuldades que o produtor passa no campo, em relação a estiagem, isso aqui é uma grande oportunidade de adquirir conhecimento e tecnologia. Tem como produtor levar isso para sua propriedade para desenvolver melhor sua atividade no dia-a-dia, a exemplo desse consórcio entre as leguminosas e cactáceas”, comentou Odon.
No encontro foi distribuído um boletim técnico com os resultados parciais dos dados analisado no período, que pode ser acessado aqui.
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