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Mato Grosso

Famato e Senar-MT participam da Oficina Pontes Pantaneiras 2025 em Campo Grande
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Um dos destaques foi o projeto Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS), desenvolvido pelo Sistema Famato e Embrapa Pantanal, e executado pelo Senar-MT

17 de fevereiro 2025

Por: Vania Costa

Fonte: Ascom Famato

A busca por soluções sustentáveis para a pecuária no Pantanal reuniu especialistas, produtores rurais e representantes de diversas instituições na Oficina Pontes Pantaneiras 2025, realizada nos dias 12 e 13 de fevereiro, em Campo Grande (MS). A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) marcaram presença no evento, que teve como foco estratégias para aliar produtividade e conservação ambiental na região.

O evento, promovido pela coalizão Pontes Pantaneiras, contou com o apoio de instituições internacionais como a London’s Global University, Smithsonian Institution, Pew Charitable Trusts, Embrapa Pantanal e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).

O Senar-MT esteve representado pelo coordenador da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Eduardo Baroni, e pelo supervisor de Assistência Técnica, Marcelo Nogueira. Pela Famato, participou Marcos Carvalho, analista de Pecuária, além de produtores rurais do Pantanal de Mato Grosso, indicados pelas instituições.

A oficina abordou temas estratégicos para o setor, como comunicação e marketing, arranjos de governança, mecanismos financeiros, capacitação e formação técnica. O encontro permitiu a troca de experiências e o fortalecimento de ações voltadas à produção pecuária sustentável no Pantanal, garantindo equilíbrio entre produtividade e conservação ambiental.

Um dos destaques foi o projeto Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS), desenvolvido pelo Sistema Famato e Embrapa Pantanal, e executado pelo Senar-MT, que tem servido como case de sucesso e inspiração para os produtores pantaneiros. A iniciativa, iniciada em Mato Grosso, facilita o caminho para a certificação de sustentabilidade das propriedades e já despertou o interesse de diversos produtores.

A ferramenta, resultado de 20 anos de pesquisa, oferece diagnósticos detalhados que auxiliam na gestão eficiente das fazendas, promovendo práticas que conciliam a produção pecuária com a preservação ambiental. A expansão do projeto para Mato Grosso do Sul reforça seu impacto positivo e a relevância de ações voltadas à sustentabilidade no bioma. Atualmente, a FPS atende 50 propriedades rurais e será ampliada para mais de 70 até o final de 2025.

Na oportunidade, Marcos Carvalho, analista de Pecuária da Famato, destacou que a sustentabilidade no Pantanal passa por iniciativas concretas como o Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável. “Essa ferramenta tem possibilitado que os produtores enxerguem suas propriedades de maneira estratégica, adotando práticas que garantam tanto a viabilidade socioeconômica quanto ambiental. O evento foi fundamental para reforçarmos a importância dessa abordagem e incentivarmos mais produtores a aderirem a essa transformação", pontuou Marcos Carvalho.

Os representantes do Senar-MT também ressaltaram o compromisso da instituição com a assistência técnica e a capacitação dos produtores. Em nome da entidade, Eduardo Baroni e Marcelo Nogueira afirmaram que o Senar-MT tem um papel essencial na difusão do conhecimento e na qualificação. “Nosso compromisso é levar assistência técnica de qualidade, permitindo que mais propriedades adotem práticas sustentáveis e alcancem certificações que agreguem valor à produção pecuária. O Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável é um grande exemplo do impacto positivo que a qualificação e a assistência técnica podem proporcionar ao setor."

Reconhecimento: O Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável foi destaque na 16ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP 16), realizada entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro, em Cali, na Colômbia.

Participaram os produtores rurais: Rodrigo Mattos, Danielle Souza, Luciana Braga, Luciano de Moura Costa e Aurélio Fontes Matos Sharp. Representando a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita e, pelo Governo de Mato Grosso, o professor da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), Sandro Benedito Sguarezi.

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