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Iniciativas do Senar e do Projeto Agro.BR preparam produtor para o mercado externo
Seminário online promovido pelo Sistema CNA/Senar debateu o tema
Brasília (14/07/2020) – O Sistema CNA/Senar promoveu, na terça (14), um seminário online para debater as iniciativas conjuntas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e do Projeto Agro.BR para ampliar as exportações brasileiras.
O Agro.BR é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em parceria com a Apex-Brasil, que engloba ações de internacionalização e promoção comercial de produtos brasileiros do agro. O seminário faz parte dessas ações.
Um dos objetivos do seminário foi identificar as oportunidades de exportação para pequenos e médios produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“O Senar, com a ATeG, está ensinando o produtor a produzir cada vez mais e com mais qualidade. Além do mercado interno, precisamos buscar mercados lá fora”, afirmou a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, na abertura do evento.
Para o chefe de gabinete do Senar, André Sanches, um dos desafios é orientar os produtores na organização da produção e no direcionamento para alguns mercados, levando em consideração as diferenças regionais do Brasil. “Temos que nos adequar para que a gente consiga, além de incentivar a produção, buscar canais de escoamento para essa boa produção externamente”, disse ele, que representou no seminário o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.
O encontro começou com o painel “Como o Senar pode incentivar e apoiar produtores para preparar seus produtos para exportação?”.
O assessor técnico da diretoria de ATeG do Senar, Rafael Costa, destacou que a preparação passa por três etapas: produzir com viabilidade e eficiência, conhecer as oportunidades de negócios e conectar com o mercado internacional.“Os protocolos de exportação podem ser inseridos na ATeG. Os produtores precisam saber como funciona, entender os requisitos e o passo a passo para exportação. Sem dúvida, eles têm muito a ganhar com isso, pois também conseguem ficar mais competitivos no cenário nacional”, declarou.
Cadeias - O tema do segundo bloco de debates foi “Como mapear cadeias que o Senar atua no estado com perfil para o projeto Agro.BR e inseri-las nas suas ações?”. O superintendente regional do Senar Minas, Christiano Nascif, abordou as ações desenvolvidas pela entidade para promover e viabilizar a exportação de produtos agrícolas, principalmente café, leite, mel e hortifrúti.
“Procuramos aumentar a articulação com o escritório regional do Agro.BR. Criamos uma comissão para acompanhamento contínuo, onde as ações estratégicas para alavancar o projeto são discutidas periodicamente com o consultor em Minas Gerais”.
O gerente da ATeG do Senar Bahia, Carlos Rio, explicou que o Agro.BR se encontra na fase de mapeamento, sensibilização e cadastramento de produtores rurais no estado. Segundo ele, inicialmente o projeto vai contemplar produtos como cacau, café, mel, frutas, especiarias e pescados.
No Rio Grande do Sul, foram definidas estratégias de divulgação do projeto junto aos produtores por meio da ATeG, das 25 Comissões Temáticas existentes no estado e do Programa Juntos para Competir. Conforme o superintendente regional do Senar/RS, Eduardo Condorelli, o foco será incentivar a exportação de produtos não-tradicionais.
“A ideia é explorar aquilo que a nossa indústria não tem especialidade em exportar. Soja e carne as indústrias já fazem. O nosso trabalho será focado em produtos como lácteos, noz pecan, apicultura, piscicultura e fresh”, adiantou ele.
Qualificar – A última parte do seminário debateu “Como a ATeG do Senar pode atuar para qualificar os produtores e encaminhá-los para o Projeto Agro.BR?”.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, o leite é um dos produtos com mais potencial para exportação no estado devido à produção elevada e à qualidade que vem sendo alcançada com o apoio da ATeG.
“Temos a oportunidade de exportar 40% da nossa produção. Temos que incentivar as pequenas e médias agroindústrias a criar essa cultura”, ressaltou Pedroso, que foi um dos palestrantes do painel.
Além do leite, Pedrozo enxerga possibilidades em cadeias produtivas como a pecuária de corte, ovinocultura, apicultura, piscicultura e maricultura.
O evento, moderado pela coordenadora de Exportação da CNA, Camila Sande, foi encerrado pelo superintendente regional do Senar MS, Lucas Galvan. Ele falou sobre as ações realizadas pela ATeG para preparar os produtores em relação à qualidade, registros e controle para exportação e ressaltou que a adequação aos requisitos necessários trazem vantagens competitivas para todos envolvidos no processo produtivo, seja no mercado externo ou interno.
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