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Instituto CNA apresenta protocolo de identificação bovina a certificadoras
Iniciativa surgiu para simplificar o processo de rastreabilidade do rebanho
Brasília (29/01/2019) – O Instituto CNA se reuniu na segunda (28) com representantes de certificadoras credenciadas no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) para apresentar o novo protocolo “Garantia de Identificação de Bovinos”.
O protocolo simplifica o processo de rastreabilidade do rebanho para propriedades que fornecem animais identificados para Estabelecimento Rural Aprovado no SISBOV (ERAS).
A iniciativa surgiu após a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 51, de outubro de 2018, que estabelece, entre outros pontos, que a entrada de animais em ERAS só seria permitida a partir de outra propriedade na mesma condição. Caso contrário todos os animais deveriam ser novamente identificados.
De acordo com o coordenador dos Protocolos de Rastreabilidade do ICNA, Paulo Costa, a regra da IN exige das fazendas de cria e recria a identificação de 100% dos animais, controle rigoroso de trânsito, vistoria a cada seis meses, além de taxa de vistoria e certificação mais caras.
“Como alternativa, a CNA desenvolveu, dentro do seu sistema de rastreabilidade, o Agri Trace, um protocolo criado para simplificar os processos, baratear os custos e oferecer ao Ministério garantias de que as propriedades participantes identificam os animais e cumprem as regras estabelecidas”.
Paulo explicou ainda que “os animais provenientes de propriedades participantes deste protocolo poderão manter sua rastreabilidade ao entrar em propriedades ERAS, garantindo a idade de nascimento e de identificação dos animais”.
O consultor do Instituto CNA, Diego Costa, afirmou que o protocolo vai ajudar a manter o fornecimento regular de animais para a Cota Hilton (exportação de cortes bovinos de alta qualidade para a União Europeia) e oferecer garantias para outros países que possuem algumas exigências com relação à idade dos animais que fornecem matéria-prima para exportação.
“Alguns mercados, como Irã, Arábia Saudita e China exigem, por exemplo, que a carne exportada seja proveniente de animais com menos de 30 meses de idade e o Protocolo de Garantia de Identificação poderá oferecer essas garantias”, disse Diego.
Para o presidente do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), Luiz Henrique Witzler, o protocolo da CNA é mais simples e certifica fazendas de cria e recria para fornecerem os animais para uma propriedade habilitada para exportação.
Para fornecer animais para propriedades ERAS, o pecuarista deverá realizar a adesão ao Protocolo de Garantia de Identificação de Bovinos no site Agri Trace e informar qual certificadora será responsável por inserir suas informações na Base Nacional de Dados (BND) e no Agri Trace.
Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
Fotos: Wenderson Araújo
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