Jornada CNA – Debate sobre reforma política encerra evento
No encontro também foram discutidas as reformas tributária e administrativa
Brasília (06/04/2022) – O primeiro evento da Jornada CNA – Eleições 2022, na quarta (6) terminou com um debate de ex-parlamentares sobre a reforma política no país. No encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil também foram discutidas as reformas tributária e administrativa.
O debate sobre as reformas marcou o início de uma série de eventos da Confederação para tratar de temas fundamentais para o país, com a participação de especialistas, políticos, lideranças e autoridades.
O painel sobre a reforma política teve como debatedores a ex-senadora do PSD pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos, o ex-deputado federal e estadual, Marcus Pestana, e o ex-deputado federal, ex-ministro da Previdência e presidente do Instituto CNA, Roberto Brant. O repórter de Política do jornal “O Estado de S. Paulo”, Felipe Frazão, fez a moderação.
Na sua fala, a ex-senadora Ana Amélia disse que a reforma política deveria envolver toda a sociedade e não apenas o parlamento. “Quando tivermos sintonia com a população, faremos uma política de melhor resultado, com maior engajamento”.
Ana Amélia também pontuou a estrutura dos partidos políticos no país. “Hoje temos 32 partidos políticos que estão registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 23 com representação na Câmara dos Deputados. Isso mostra a fragilidade partidária que temos no Brasil”.
O ex-deputado Marcus Pestana explicou que a reforma política é a mãe das reformas, pois ela mexe com o processo decisório. “Ao qualificar esse processo, facilitamos todas as outras reformas e mudanças necessárias”.
Para Pestana, o Brasil tem uma cultura populista e centralizadora. “A gente presta mais atenção nos personagens do que nas ideias, nos programas e nas instituições, e isso é uma tradição histórica. Sempre foi sobre o carisma das pessoas”.
Durante sua exposição, o ex-parlamentar falou sobre o sistema eleitoral brasileiro e a relação dos eleitores com os eleitos. “Não há um vínculo. Existem pesquisas que apontam que 70% dos brasileiros, um ano depois da eleição, não sabem sequer o nome do deputado em que votaram”.
Por fim, o presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, ressaltou a relação entre os poderes Executivo e Legislativo brasileiro e a necessidade de mudar o sistema de escolha para deputados federais, estaduais e vereadores para que haja de fato um vínculo efetivo entre os políticos e o eleitorado.
“A mudança do sistema eleitoral deve começar pela base. É preciso adotar o voto distrital como ponto de partida para o Estado brasileiro renascer e produzir crescimento econômico”, disse.
Assista o debate na íntegra:
Assessoria de Comunicação CNA
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