Mercado mostra valorização pontual do feijão carioca de melhor qualidade
Menor oferta contribuiu para valorização dos preços, segundo Indicador Cepea/CNA
Brasília (21/07/2025) – O mercado de feijão apresentou movimentos distintos de acordo com o tipo e as regiões no período de 11 a 18 de julho, com destaque para a valorização do feijão carioca de melhor qualidade, segundo o Indicador Cepea/CNA.
A menor oferta desse padrão contribuiu para sustentar os preços, especialmente do grão de nota 9 ou superior, enquanto os grãos com defeito ou coloração escurecida continuaram com escoamento lento e mais exigência por parte dos compradores.
O feijão carioca nota 9 (de mais qualidade) teve alta em diversas praças. No leste goiano, a valorização foi de 6,7%, com a saca a R$ 205,65. No noroeste de Minas, os preços subiram 4,3%. No Centro/Noroeste de Goiás, a alta foi de 1,4%. Em Itapeva (SP), houve aumento de 2,01%, com a saca a R$ 226,33. Já no Sul/Sudoeste de Minas, foi registrada queda de 1,8%.
Entre os grãos comerciais (notas 8 e 8,5), também houve valorização pontual, especialmente para os lotes novos. No Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, os preços subiram 7% (R$ 174,44/sc), e no Noroeste de Minas, 3,3%.
Em Sorriso (MT), lotes armazenados em câmaras frias valorizaram 3,8%. Em contrapartida, no Paraná, houve queda de 4,04% em Curitiba (R$ 147,08/sc), enquanto a metade sul do Paraná teve leve alta de 1,1%, com a saca cotada a R$ 147,25.
Feijão preto - O mercado do feijão preto tipo 1 se manteve relativamente estável. No Paraná, os preços recuaram: em Curitiba (-2,67%, com a saca a R$ 131,10/sc) e na metade sul (-3,38%, a R$ 125,29/sc). Já no Nordeste do Rio Grande do Sul, houve alta de 3,33% (R$ 141,43/sc), e no oeste catarinense, aumento de 1,90% (R$ 133,90/sc).
Para o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, os dados de oferta e demanda exigem atenção, pois a produção estimada pela Conab é praticamente estável em relação à safra passada, com 3,16 milhões de toneladas.
“O consumo interno também deve permanecer no mesmo patamar, enquanto as exportações, que até o primeiro semestre mostraram bom desempenho, estão projetadas para cair pela metade em comparação a 2024. Esse desequilíbrio pode levar a um cenário de excesso de oferta no mercado interno ao longo do segundo semestre, pressionando os preços, principalmente dos grãos comerciais”, explica.
Os preços médios regionais podem ser acompanhados pelo canal do Cepea no WhatsApp ou na página oficial do indicador: https://www.cepea.org.br/br/indicador/feijao.aspx.