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Pará

Mobilização interinstitucional apresenta estratégias contra vassoura-de-bruxa da mandioca
SISTEMA FAEPA REUNIAO TECNICA MANDIOCA DR XAVIER

Faepa e Mapa reúnem especialistas para prevenir vassoura-de-bruxa da mandioca no Pará e Amapá

27 de fevereiro 2025

Por: Paula Catarina de Almeida Costa

Fonte: Ascom Faepa-PA

Na segunda-feira, 10 de fevereiro, em Belém, a Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e a Superintendência Federal da Agricultura do Pará (SFA/PA/Mapa), reuniram órgãos do estado do Pará e Amapá, grupos de pesquisa, produtores rurais e demais atores envolvidos na cadeia produtiva da mandiocultura, na Sede da FAEPA em Belém, para definir e apresentar estratégias de prevenção sanitária para evitar a proliferação da Vassoura de Bruxa da mandioca.

O estado de emergência fitossanitária relativo ao risco de surto da praga quarentenária Rhizoctonia theobromae, conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca, foi declarado na última semana de janeiro deste ano por meio da Portaria nº 769/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária. Desde então, Pará e Amapá passaram a tomar medidas de controle e prevenção da doença.

Na mesa de abertura, o presidente do Sistema Faepa/Senar, Carlos Xavier, destacou a importância da reunião técnica e relembrou acerca dos esforços de produtores e demais instituições no combate à Febre Aftosa. O secretário adjunto de agricultura do Pará, Wandenkolk Gonçalves, também destacou a união do setor produtivo com os órgãos competentes nas estratégias contra diversas pragas erradicadas no estado que já apresentaram risco à produção agropecuária e os resultados bem sucedidos da parceria neste esforço.

O Superintendente Federal da Agricultura no Pará, Jesus Nazareno, também destacou a importância da ação conjunta contra a doença: "O nosso corpo técnico esteve presente na reunião técnica onde tivemos a oportunidade de interagirmos e buscarmos em uma interseção de esforços, para que posamos ter projetos de proteção de doenças que ameaçam as nossas lavouras. O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, já trata em nível nacional com o Ministério do Desenvolvimento Regional e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, para que possam, em uma atitude de governança, buscar meios para dar total apoio às instituições que vêm se preparando de uma forma profilática e também de combate a essa praga que adentrou o nosso país", afirmou Jesus Nazareno.

Uma das estratégias apresentadas é o controle e monitoramento nos municípios limites com o estado do Amapá e nos de maior produção da raiz no estado. Inicialmente será realizado em 28 municípios estratégicos, restrição do trânsito de materiais vegetais de mandioca do Amapá para o Pará e monitoramento de rotas de risco em postos fixos de fiscalização, de acordo com apresentação feita pelo Ministério da Agricultura.

Prevenção e combate

A doença foi detectada inicialmente no Amapá e, mesmo sem foco no Pará, a Adepará iniciou ações de prevenção, considerando os impactos que a doença pode trazer para o estado. "Essa cadeia produtiva envolve muitos agricultores, está estabelecida em mais de 250 mil hectares de área plantada e tem um incremento na economia de mais de 4 bilhões de reais. Também é importante frisar que a vassoura de bruxa da mandioca foi detectada no Amapá, e ainda não temos no estado do Pará, entretanto, a Adepará está iniciando esforços para prevenir a cadeia produtiva da entrada dessa praga. Por outro lado, está fortalecendo a fiscalização na rota de risco fluvial do Amapá para o estado do Pará, e também fazendo inspeções que foram elencadas prioritárias como maiores produtoras no estado e também aquela área que é limítrofe com os municípios do estado do Amapá", informou Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal.

A reunião técnica contou com representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SFA/PA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), além de produtores, prefeituras e instituições de ensino e pesquisa.

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