Núcleo de Relações Internacionais da CNA debate ações para 2025
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Grupo se reuniu na quarta (26)
Brasília (26/02/2025) – O Núcleo de Relações Internacionais, formado pela CNA e as Federações de agricultura e pecuária dos estados, se reuniu, na quarta (26), para discutir, entre outros assuntos, as ações de promoção comercial e defesa de interesses do setor agropecuário em 2025.
Na abertura do encontro, o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, afirmou que, nos últimos anos, o Brasil tem consolidado sua posição no cenário mundial de produção e exportação de alimentos, o que tem atraído os olhares de importantes adversários.
“As barreiras sanitárias, ambientais e comerciais que enfrentamos são reflexo da força da nossa agricultura. Mas seguimos trabalhando incansavelmente, participando de feiras, promovendo nossos produtos e buscando agregar valor ao que ainda nos falta: marcas próprias, já que somos líderes em commodities”, disse Gedeão.
Durante o encontro, a Diretoria de Relações Internacionais da CNA apresentou os principais resultados da 2ª edição do projeto Agro.BR e as mudanças que irão ocorrer na próxima etapa. Segundo o coordenador de Promoção Comercial da CNA, Rodrigo da Matta, dos 1.443 inscritos no projeto, 432 já estão exportando. Mais de 467 produtos foram exportados para 155 destinos. Ao todo, foram US$ 882 milhões exportados.
Sobre a nova versão do Agro.BR, Rodrigo informou que “a iniciativa está sendo preparada para utilizar seus esforços efetivamente no fechamento de negócios, ampliando a rede de parceiros e sua relação com as federações”.
De acordo com a diretora de Relações Internacionais, Sueme Mori, o Sebrae será o novo parceiro do projeto, mas a gestão continuará com a CNA. “A consultoria será compartilhada, o que ampliará o número de atendimentos. Também vamos aumentar para 12 o número de escritórios estaduais e para o 8 os consultores de suporte, que fazem toda diferença”.
Em seguida, o coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, falou sobre o planejamento e atuação da área em 2025, que envolve distribuição geográfica; ações transversais e estratégicas; organismos internacionais; fóruns do setor privado; estratégias na China e na Europa.
Na reunião, Sueme fez um relato sobre a missão de Defesa de Interesses da CNA à Europa, que incluiu reuniões em Roma, Bruxelas e Paris com organizações internacionais (FAO e OCDE), adidos agrícolas, embaixadores e representantes do Parlamento e da Comissão Europeia.
A conjuntura política dos Estados Unidos também foi discutida no encontro. A assessora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande, explicou que o governo Trump começou no dia 20 de janeiro, mas já trouxe diversas mudanças, principalmente em relação à política comercial e que impacta o agro brasileiro.
As principais mudanças foram a reestruturação governamental, política comercial interna (America First – Trade Policy), ameaças tarifárias e o Plano Justo e Recíproco, que tem preocupado o Brasil, já que os Estados Unidos pretendem mapear toda a pauta comercial e avaliar a reciprocidade tarifária. “Considerando todos os setores, o Brasil possui um déficit comercial para os EUA. Mas em relação ao agro, há um superávit, ou seja, nós exportamos mais do que importamos deles e isso pode ser um problema”.
Comércio Internacional – O Núcleo de Relações Internacionais, lançado em novembro de 2022, tem o objetivo de ampliar as ações desenvolvidas em parceria com as Federações nas questões sobre o comércio internacional dos produtos do agro brasileiro.
O colegiado tem, entre outras funções, a defesa dos interesses do produtor em mercados internacionais, definição de agenda prioritária de trabalho, disseminação de informações estratégicas sobre comércio internacional e o apoio à internacionalização das empresas participantes do projeto Agro.BR.