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Organização e equipamentos apropriados evitam incêndios em propriedades rurais
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Foi o que os instrutores do SENAR aprenderam nesta sexta-feira, durante aula prática do curso Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura

10 de junho 2016
Por Senar

Quem pensa que só água apaga um incêndio, engana-se. É necessária muita organização e o uso de uma série de técnicas para prevenir e combater o fogo. São essas técnicas que os instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) de nove estados aprenderam na aula prática da capacitação do programa Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura realizada na sexta-feira (10), no Núcleo de Tecnologia em Piscicultura da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) do Distrito Federal, conhecida como Granja Ipê

É possível usar enxadas, foices, machados e rastelo para construir um aceiro (limpeza de uma parte do terreno para evitar que um incêndio se propague) ou um pinga fogo, equipamento usado para a prática do contra-fogo, que consiste em queimar uma área evitando que as chamas se alastrem, já que o fogo cessa ao não encontrar mais combustível (vegetação) à frente. Além do uso de reservatório de água (bomba costal), motosserra, tratores, entre outros. Essas técnicas podem ser utilizadas em propriedades de pequeno, médio e grande porte.

Adam Matos, do SENAR Pará

“Esse curso foi de extrema importância porque nos trouxe opções ao uso do fogo na agricultura. E caso seja realmente necessário, aprendemos também a utilizá-lo de forma controlada. Sem contar que aprendemos que não é só a água que apaga o fogo, existem diversas ferramentas que combatem muito melhor”, conta o instrutor Adam Matos, do SENAR Pará. Para ele, o curso também foi importante para desmistificar a ideia de que todo fogo é ruim. “Alguns biomas, como o Cerrado, precisam do fogo para se desenvolver, porque algumas espécies necessitam dele para tirar a dormência das sementes e se renovar”, ressalta.

Raimundo Oliveira, do SENAR Amazonas

Raimundo Oliveira, do SENAR Amazonas, afirma que no seu estado ainda não tem nenhuma ação do SENAR nessa área. “No Amazonas não temos muitos incêndios devido às florestas densas e ao clima úmido, mas existe a cultura de fazer queimadas para limpar uma área para o plantio, além dos incêndios criminosos. Nosso objetivo é levar orientação para o produtor realizar a queima correta e em caso de acidente, saber como lidar com o fogo.”

 Waldir de Paula, do SENAR de Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o SENAR oferta o curso Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, mas o instrutor Waldir de Paula admite que a capacitação desta semana trouxe bastante informações novas, que vão contribuir com o curso que já existe na Regional. “O nosso curso é voltado para as usinas de cana e empresas de reflorestamento. Nesta capacitação aprendemos muitos detalhes e o passo-a-passo do combate. Com certeza esse conteúdo vai contribuir para o que já realizamos e poderemos também começar a atender o produtor rural, porque a demanda existe”, completa.

Prática e organização evitam acidentes

Rodrigo de Moraes Falleiro

Para o coordenador técnico do Prevfogo - Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo de Moraes Falleiro, que ministra a capacitação, a prática nesse tipo de curso é fundamental, porque incêndios florestais são perigosos e envolvem riscos. “É preciso que os instrutores saibam como fazer esse laboratório de queima de maneira segura para que eles possam passar todas as técnicas que receberam na teoria e estão exercitando agora na prática", explica.

Falleiro acrescenta que a organização é outro fator importante na hora de combater o incêndio. “Nós procuramos sempre trabalhar a organização porque muitas vezes o produtor rural sabe combater o incêndio e fazer uma boa leitura do fogo, mas muitas vezes não trabalha com organização. Então acaba perdendo o serviço, fazendo técnicas que podem colocar em risco o pessoal, como não saber onde está um ou outro trabalhador. Essa parte de organização é importantíssima e fundamental quando vamos fazer uma queimada ou o combate de um incêndio florestal.”

Na avaliação da coordenadora do programa Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura no SENAR, Ana Paula Mundim, a capacitação superou as expectativas dos instrutores. “Eles vieram falar comigo que tudo estava muito bom, a estrutura, a equipe técnica do Ibama. Já estamos elaborando o projeto pedagógico, o plano instrucional e o material didático dos dois cursos que vão surgir a partir da capacitação desta semana. E como já existe a demanda do produtor nos estados, tenho certeza que o programa vai ser um sucesso,” comemora.

Assessoria de Comunicação do SENAR
Fotos: Tony Oliveira
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