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Outubro Rosa: Prevenção é a melhor forma de evitar o câncer de mama
Programa Saude do Homem e da Mulher 3

Médica oncologista do Instituto Lado a Lado pela Vida, parceiro do Senar, fala sobre o assunto

8 de outubro 2020
Por Senar

Programa Saúde da Mulher Rural. Obs.: Fotografia tirada antes da pandemia do coronavírus.

Brasília (08/10/2020) – O hábito de se cuidar previne inúmeros problemas de saúde e, aliado a um diagnóstico precoce, favorece a cura de diversas doenças em quase 100%, como é o caso do câncer de mama. É o que explica a médica oncologista Graziela Zibetti Dal Molin, membro do Instituto Lado a Lado pela Vida, instituição parceira do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) nas ações do Programa Saúde da Mulher Rural.

“O câncer de mama é a principal causa responsável de morte de mulheres no Brasil e no mundo. A prevenção é importante para qualquer tipo de câncer, mas no caso das mulheres, o fato de fazer os exames preventivos a partir dos 40 anos eleva o índice de cura”, afirma.

Este mês é dedicado à orientação das mulheres sobre a doença com a campanha Outubro Rosa. De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes Silva, em 2020 haverá 66 mil novos casos da doença.

“A mamografia é ainda o melhor exame para detectar o câncer de mama. Outros como ultrassom e ressonância das mamas só são realizados se aparecer algo na mamografia,” disse a oncologista. A médica ressalta que, em casos raros, quando uma mulher abaixo dos 40 anos apresenta sintomas, o ultrassom é o melhor meio para diagnosticar o câncer.

“Porém, como não faz parte da prevenção de rotina devido à mulher ser muito jovem, só pedimos se houver casos da doença na família. Por isso é importante a mulher realizar o autoexame nos seios e nas axilas.”

Além da presença de nódulo na mama ou na axila, Graziela Dal Molin alerta para outros sinais importantes que devem ser observados pelas mulheres como a pele da mama quente, vermelha e inflamada ou a presença de líquido saindo da mama.

“Nesses casos a mulher precisa procurar um médico imediatamente para fazer exames e diagnosticar a doença.”

Os principais fatores de risco do câncer de mama são histórico familiar, excesso de peso, fumo, terapia de reposição hormonal feita sem orientação médica e ainda as mulheres que nunca tenham amamentado. “Ter amamentado é um fator protetor porque o seio produz hormônios que vão ajudar a evitar o câncer”, reforça a oncologista.

O número de mortes devido ao câncer de mama é associado a esses fatores, mas também à disparidade entre os setores público e privado de saúde, diz Graziela.

“No serviço público, muitas mulheres não conseguem acesso ao exame logo no início. E, muitas vezes, só descobrem a doença em estágio avançado, o que acaba as levando ao óbito. Por isso campanhas como a Outubro Rosa são importantes porque educam e orientam as mulheres a se prevenirem.”

SAÚDE DA MULHER RURAL

O Programa Saúde da Mulher Rural do Senar promove ações para melhorar as condições de vida e saúde integral das mulheres do meio rural, com ações de educação em saúde e ampliação do acesso aos serviços disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com Secretarias de Saúde e prefeituras.

Em Pernambuco, o Senar incluiu o serviço de mamografia no programa com uma unidade de saúde móvel conquistada por meio de um contrato de prestação de serviço com um laboratório do estado. Os exames são agendados e acontecem nos eventos do programa promovidos em parceria com a prefeitura e o sindicato rural dos municípios.

“As mulheres, acima de 40 anos, são mobilizadas pela prefeitura e realizamos 50 exames por dia”, conta a gestora do Saúde da Mulher Rural no Senar Pernambuco, Renata Rodrigues da Silva. “As mulheres atendidas pelo SUS só podem fazer o exame a partir dos 50 anos, ficando uma lacuna dos 40 aos 50 anos, e são essas mulheres que a parceria do Senar Pernambuco prioriza.”

Em 2019, a entidade promoveu 13 eventos e realizou 638 mamografias. “Os laudos com os resultados são encaminhados para o município, que se encarrega de verificar com o sistema de saúde local se existe alguma alteração e encaminha essas mulheres para tratamento pelo SUS,” afirmou Renata.

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