Painel debate o que esperar da COP 28
Evento foi promovido pela CNA na quarta (25)
Brasília (25/10/2023) – O painel “O que esperar da COP 28” reuniu na sede da CNA, na quarta (25), representantes do governo para debater as negociações e os principais temas da Conferência do Clima que irá ocorrer em dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.
Participaram das discussões o subchefe da Divisão de Ação Climática do Ministério das Relações Exteriores, Bruno Carvalho Arruda, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Renata Bueno Miranda, e a secretária Nacional de Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni. A mediação foi feita pelo consultor da CNA Rodrigo Lima.
Bruno Arruda afirmou que o Brasil sempre privilegia a negociação e o espaço multilateral e que agricultura e os sistemas alimentares terão prioridade nessa COP.
“Buscamos, nas negociações, sempre rechaçar a utilização de argumentos ambientais como pretexto para adoção de medidas comerciais unilaterais, principalmente àquelas que atingem nossos produtos agrícolas e os pequenos produtores”, disse.
Ele frisou ainda que a relação agricultura e clima está na pauta e o Brasil não vai se omitir no debate. “Temos que mostrar ao mundo que nossa produção agrícola não é só compatível com práticas sustentáveis, mas que a sustentabilidade é prioridade para o Brasil e ninguém melhor que o setor para nos mostrar o caminho e os exemplos.”
Ana Toni, do Meio Ambiente, falou sobre o duplo desafio do país de vencer a adaptação e a mitigação dos gases de efeito estufa, além do esforço mundial para reduzir a temperatura global. Ela afirmou que o Brasil é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas e que o governo está revendo a Política Nacional de Mudanças Climáticas e o Plano Clima que, segundo ela, estão desatualizados.
"A temática do clima engloba todos nós e só unidos conseguiremos fazer esse país ser o produtor de soluções climáticas. Da perspectiva do MMA e de todo o governo, devemos chegar à COP unidos e mostrar o melhor do Brasil”.
Renata Miranda, do Mapa, destacou que é necessário que cada país olhe seu perfil de emissões para entender qual a métrica justa a ser contemplada. A secretária acredita que é importante olhar também cada setor econômico e o impacto social deles para se definir as trilhas tecnológicas de cumprimento das NDCs.
Ela lembrou que o Brasil precisa ter em mente que participará das discussões de um acordo global com compromissos globais. “A narrativa do Brasil tem que ser única para que o agro possa capturar o valor das práticas sustentáveis."
O vice-presidente da CNA e presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente, Muni Lourenço, encerrou o evento e reafirmou a confiança do setor na capacidade dos negociadores brasileiros em representar o país na Conferência do Clima.
“Nós, enquanto CNA, estaremos lá acompanhando e à disposição dos negociadores e autoridades brasileiras para manter uma interlocução e colocar nossos pontos de vista. Como setor produtivo, temos um papel determinante para que todo esse esforço de enfretamento das mudanças climáticas possam alcançar os objetivos.”
A CNA entregou o posicionamento do setor aos representantes do governo no evento. Para saber quais as propostas que o agro vai levar para a COP 28, acesse: https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/pdf/Position_Paper_do_Setor_Agro_Brasileiro_Cop28.pdf
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