Mato Grosso
Pecuarista de Indiavaí recupera pastagem com produção de 350 toneladas de volumoso
Implantar o Sistema ILP ainda proporcionou silagem para o gado durante a seca
Por: Nágera Dourado
Fonte: Comunicação/ Senar-MT
No Sítio Garça Branca, em Indiavaí, o pecuarista Edilson Inácio precisava solucionar o problema de pastagem degradada em sua propriedade. Com orientações da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), além de conseguir recuperar o pasto, ele alcançou uma produção de 350 toneladas de alimentação para o gado, que está auxiliando neste período de estiagem.
“Através do Senar-MT com as visitas mensais, palestras e conversas, chegamos a conclusão que precisava fazer a reforma de pastagem, ao mesmo tempo que precisávamos de volumoso para tratar os animais na época da seca”, explica Edilson.
Foi a partir de uma análise de solo na propriedade, que técnico de campo e produtor rural decidiram implantar o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Ao todo, foram plantados dez hectares de milho consorciado com capim BRS Zuri, rendendo uma colheita de 35 toneladas de silagem por hectare.
Após a colheita, o rebanho de 40 cabeças de gado de corte teve à disposição uma pastagem de qualidade. O pecuarista considera que a produção superou em muito as expectativas. “Deu mais sucesso que o esperado. Estou muito satisfeito, muito contente. Fizemos esse trabalho e atingimos o objetivo que a gente sonhava com sucesso”, afirma.
Médico veterinário e técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Carlos Alberto, explica que além dos benefícios para os animais, a silagem também poderia trazer um retorno financeiro. “Hoje na região, a silagem custa em torno de R$ 400, por tonelada. Se o produtor fosse vendê-la, teria um faturamento de R$ 120 mil reais, que é o dobro do valor que ele investiu nessas melhorias. Ou seja, o lucro seria de 100%”, explica.
Metodologia – O pecuarista está entre as 893 propriedades rurais atendidas pela ATeG Corte em 36 municípios de Mato Grosso. De acordo com o supervisor da ATeG, Marcelo Nogueira, a assistência auxilia com o fornecimento de dados para que técnicos e pecuaristas sejam mais assertivos em suas análises. “Temos um software de gestão e índices zootécnicos, potencializando o uso de recursos tecnológicos a favor de resultados positivos para o produtor”, destaca.