Presidente da CNA se reúne com embaixador do Reino Unido no Brasil
Sustentabilidade na produção agropecuária brasileira foi tema do encontro virtual, na segunda (21)
Brasília (21/06/2021) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, se reuniram na segunda (21), por videoconferência, para debater a sustentabilidade na produção agropecuária brasileira.
Na abertura do encontro, o presidente da CNA, João Martins, afirmou que o país está focado na produção sustentável de alimentos. “Não queremos ser apenas uma potência agrícola, mas uma potência agroambiental, que produz preservando o meio ambiente”.
Martins afirmou que os outros países precisam conhecer o agro brasileiro e o papel do produtor rural para que o setor seja cada vez mais sustentável. “Há um esforço muito grande em preservar as nossas terras, que são o nosso patrimônio. O produtor é o primeiro e grande prejudicado quando há um mau uso dos recursos naturais”.
Já o embaixador Peter Wilson falou da importância da saída do Reino Unido da União Europeia para o fortalecimento das relações comerciais com o Brasil. “Queremos uma relação mais ampla e profunda e a produção sustentável de alimentos é uma pauta fundamental para essa união”.
Para o embaixador, a sustentabilidade é um movimento global. “É uma forma completamente nova de pensar a economia, uma mudança profunda. Estamos dispostos a trabalhar junto com o Brasil para melhorar o meio ambiente”.
Segundo o vice-presidente da CNA e presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente, Muni Lourenço, os produtores rurais brasileiros não têm medido esforços para contribuir com o avanço da pauta climática. “Acreditamos na possibilidade de conciliar produção de alimentos e preservação ambiental. E essa equação se resolve com a adoção de novas tecnologias para a produção agropecuária continuar crescendo de forma verticalizada”.
Durante a reunião, Muni Lourenço, que também é presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea) citou o Plano ABC e a plataforma dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como iniciativas primordiais para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e para a regularização ambiental das propriedades que possuem passivos.
Outro ponto destacado pelo o vice-presidente da CNA foi a importância da regularização fundiária para o país.
O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, falou do papel da entidade na transferência de tecnologia ao produtor para que ele consiga ter rentabilidade e produtividade com responsabilidade ambiental.
Carrara também citou o Projeto ABC Cerrado, uma parceria com o Banco Mundial, e que levou, durante cinco anos, tecnologias de baixa emissão de carbono a produtores da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Tocantins e o Distrito Federal.
“Agora estamos executando o Projeto Vertentes, com o objetivo de recuperar áreas degradadas com produção de soja e pecuária de corte no bioma Cerrado”. Para o diretor-geral do Senar, a transferência de tecnologia para o pequeno produtor é extremamente necessária para que ele permaneça produzindo na mesma área e consiga fornecer alimentos para sua família.
De acordo com a diretora de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, ficou acordado no fim da reunião que a embaixada do Reino Unido vai apresentar a campanha “Race to Zero” (Corrida para o Zero) no próximo encontro da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA. “Outro encaminhamento é a realização de uma reunião técnica entre a Confederação e os responsáveis pelo setor agro de várias embaixadas para discutir compromissos para mudanças climáticas”.
Também participaram da reunião a gerente de Clima e Meio Ambiente Sênior na Foreign and Commonwealth Office, Bruna Cerqueira, e a líder do setor agro no consulado britânico, Gabriela Meucci.
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