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Produtores de leite atendidos pela ATeG em Sergipe realizam curso de inseminação artificial
Com o treinamento, os produtores podem reduzir custos ao inseminar o próprio rebanho
O produtor de leite de Porto da Folha, sertão de Sergipe, Marcos Gama, é assistido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe (Senar), com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) e foi um dos alunos do curso de Formação Profissional Rural do Senar.
Durante a pandemia ele desistiu da construção civil e optou pela produção de leite de onde tira o sustento da família. Há 8 meses, vem aprendendo ainda mais com a técnica de campo sobre dieta, manejo, prevenção de doenças, hoje ele já planta palma densada e procura melhorar a produção com o conhecimento e a assistência técnica e gerencial do Senar.
Nesse período, ele informa que já dobrou a produção de leite, de 60 para 120 litros por dia e com a inseminação artificial deve aumentar ainda mais a qualidade e a produção. “Sou grato ao Senar pelo aprendizado e agora com o curso vou economizar com a mão de obra para inseminar”, conta satisfeito.
O produtor de leite Heverton Martins, também deixou a profissão de pedreiro e produz o conhecido “ouro branco” no município de Carira, no povoado Altos Verde. “O Senar tem oferecido grandes oportunidades e esse curso de inseminação deve impactar no aumento de produção de leite e com isso mais lucros”.
Produtor de leite e milho, Mateus Menezes é de Nossa Senhora da Glória, município conhecido como a capital do leite. “Eu não fazia nem anotação e agora já estou até fazendo curso de inseminação artificial, tem sido um avanço na minha produção a presença do Senar”. Ressaltou o produtor que já busca reinvestir na propriedade com o aumento de receita.
O curso foi ministrado pela supervisora da ATeG, Dra. Pábola Nascimento, médica veterinária e doutora em reprodução animal, de 28 de fevereiro a 03 de março, no município de Nossa Senhora da Glória.
Dividido em aulas teóricas e práticas, o curso desenvolve a fundamentação com o reconhecimento dos sinais de cio, entender um pouco da anatomia, da fisiologia animal e na prática, o produtor aprende como manusear e conservar o botijão de nitrogênio. “Eles veem na prática a anatomia e compreendem a fisiologia com peças de abatedouro e, posteriormente, nos animais que irão para descarte ao final do curso.”, explica a médica veterinária. Além disso, eles fizeram testes práticos e teóricos, com aplicação de prova para verificar o conhecimento adquirido.
A ATeG do Senar tem um método com cinco etapas que contribuem para uma verdadeira transformação rural. “O curso de inseminação artificial faz parte das etapas que contemplam a ATeG: o diagnóstico produtivo e individualizado, o planejamento estratégico, a adequação da correta tecnologia, a capacitação e uma avaliação sistemática dos resultados”, explica coordenadora do programa em Sergipe, Taynã Matos.