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Produtores discutem custo da produção de milho em Sergipe
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O levantamento faz parte do projeto Campo Futuro que orienta os produtores de como calcular os custos da produção

17 de agosto 2018
Por Senar

Um levantamento da produção do custo de milho de Sergipe na última quarta-feira, 15, em Itabaiana, confirmou a queda da produtividade do milho por conta da estiagem. O levantamento faz parte do projeto Campo Futuro que orienta os produtores de como calcular os custos da produção.

O Campo Futuro é um projeto nacional que acontece em todos os estados. Em Sergipe, o painel do programa acontece desde 2016 em diferentes municípios. O painel foi conduzido por pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) e contou com a participação de técnicos da Federação de Agricultura e Pecuária (Faese), bancos e produtores de milho de vários municípios.

O levantamento do custo é realizado através de uma conversa com os produtores que fornecem as informações para os técnicos do CEPEA que alimentam a planilha de custos, que será disponibilizada para os produtores. O pesquisador do CEPEA, Fernando Campello, destaca que o levantamento teve uma participação muito boa dos produtores.

“O painel foi bem discutido, uma participação muito boa dos produtores e agentes envolvidos nos setores. Isso é muito importante porque aprendemos muito com os produtores e deixamos uma contribuição e uma mensagem de que o gerenciamento é essencial. O custo da produção é informação que o produtor não pode deixar de calcular de forma correta. A região vem a três anos oscilando em queda de produtividade. O produtor precisa ter essa noção do que ele precisa produzir, qual o real custo e saber gerenciar a propriedade”, enfatizou.

O produtor de milho de Poço Verde, Gustavo Santana, reconheceu que é uma grande dificuldade do produtor calcular todos os custos. “Achei a iniciativa muito interessante. Mostrou novos horizontes para os produtores. Temos dificuldade em calcular os custos da nossa fazenda. Algumas estratégias precisam ser remanejadas. O momento como esse deve atingir mais produtores. Tinha dificuldade em chegar a custos como arrendamento e hora máquina e consegui sanar a minha dúvida”.

Dados

Após o preenchimento da planilha, foi fornecido um dado prévio, que pode sofrer alterações, do custo da produção de milho. Para o médio produtor, o custo operacional é de R$ 3.108,94 por hectare, o equivalente a 77,72 sacas por hectare de produtividade com base no preço de R$ 40 o saca de milho. Já para o pequeno produtor, o custo operacional é de R$ 2.073,35 por hectare, o equivalente a 51,83 sacas por hectare de produtividade com base no preço de R$ 40 a saca de milho.

O custo operacional envolve gastos com insumos, operações mecânicas, transporte de produção, operações terceirizadas, mão de obra, irrigação, arrendamentos, impostos e entre outros.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (FAESE), Ivan Sobral, lembra que em 2017 a produtividade era é de 120 sacas por hectare, mas com a estiagem a produção caiu para 10 sacas de milho por hectare.

“Um prejuízo na produção que já era esperado por conta da estiagem. A perda na lavoura já está em mais de 75%. Nesse painel, os produtores foram orientados a como calcular o custo da sua produção, algo essencial principalmente neste momento de perda da produção”.

Ainda segundo o presidente Ivan Sobral, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe – Senar/SE disponibilizará treinamento para todos os produtores interessados. “Esta será uma segunda etapa do projeto em que os produtores interessados serão capacitados”.

Assessoria de Comunicação Senar Sergipe

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